O Stade de France voltou às noites mágicas dos Jogos Olímpicos com oito finais. A primeira foi a dos 800 m com o queniano Emmanuel Wanyonyi a sagrar-se campeão olímpico em 1.41,19. Completaram o pódio, o canadiano Marco Arop em 1.41,20, novo recorde do continente americano e o argelino Djamel Sedjati em 1.41,50. Tivemos ainda um recorde nacional pelo norte-americano Bryce Hoppel em 1.41,67 que lhe valeu o quarto lugar.
A prova foi muito rápida com Wanyonyi a passar aos 400 m em 50,31. Djamel Sedjati, talvez o grande favorito, deixou-se surpreender com o rápido andamento e quando quis reagir na reta da meta, já foi tarde, conseguindo ainda assim, chegar ao bronze.
Jakob Ingebrigtsen vence facilmente 5.000 m
Depois da desilusão nos 1.500 m onde ficou fora das medalhas, Jakob Ingebrigtsen não falhou nos 5.000 m, conquistando a primeira medalha de ouro olímpica para a Noruega nesta distância. Depois de um início lento com o primeiro quilómetro em 2.49,7, entrou-se no quarto quilómetro com 17 atletas separados apenas por dois segundos. Ingebrigtsen atacou nos últimos 200 m e venceu confortavelmente em 13.13,66. A outras medalhas foram para o queniano Ronald Kwemoi em 13.15,04 e o norte-americano Grant Fisher em 13.15,13. O último quilómetro foi percorrido em 2.21,66 e a última volta em 53,9!
Masai Russel vence 100 m barreiras e França conquista primeira medalha dos Jogos!
A França conquistou finalmente uma medalha no atletismo dos Jogos! Foi nos 100 m barreiras por Cyréna Samba-Mayela em 12,34 com o ouro a pertencer à norte-americana Masai Russel em 12,33 (-0,3 m/s). O bronze foi para a porto-riquenha Jasmine Camacho-Quinn, campeã olímpica em Tóquio, com 12,36.
No final, a francesa não conteve a emoção do conquistar a primeira medalha para o seu país.
Recorde olímpico nos 1.500 m por Faith Kipyegon
Grande corrida com a queniana Faith Kipyegon a ser a primeira mulher a sagrar-se tricampeã olímpica e com um recorde olímpico de 3.51,29. Os restantes lugares do pódio foram muito disputados com a australiana Jessica Hull a ficar com a prata em 3.52,56 e a britânica Georgia Bell em 3.52,61, novo recorde nacional. Diribe Welteja foi a primeira das duas etíopes ao ser quarta em 3.52,75, novo recorde pessoal. A britânica Laura Muir deixou-se atrasar a meio da prova e já não conseguiu chegar aos lugares da frente, sendo quinta em 3.53,37 também recorde pessoal. Desilusão para a outra etíope Gudaf Tsegay, que correu também os 10.000 m e os 5.000 m. Acabou em 12º e último lugar em 4.01,27
Neozelandês Hamish Kerr voa mais alto na altura
No salto em altura, o neozelandês Hamish Kerr e o norte-americano Shelby Mcewen ficaram empatados a 2,36 m, com este a bater o seu recorde pessoal por duas vezes. Foram ao desempate que sorriu ao neozelandês quando saltou 2,34 m e Mcewen falhou. O qatari Mutaz Essa Barshim, campeão olímpico em Tóquio com o italiano Gianmarco Tamberi, ficou com o bronze a 2,34.
Tamberi com problemas físicos, foi apenas 11º com 2,22 m. Foi uma boa prova com cinco atletas a baterem os seus recordes pessoais.
Primeira medalha de ouro para o Japão no lançamento do dardo
A japonesa Haruka Kitaguchi não deu hipóteses às suas adversárias. Já campeã mundial, juntou agora o título olímpico com 65,80 m tendo ainda lançado 64,73 m, melhor que a segunda, a sul-africana Jo-Ane Van Dyk com 63,93 m. A checa Nikola Ogrodnikova ficou com o bronze em 63,68 m. Foi a primeira medalha de ouro do Japão nesta disciplina e a primeira medalha do país nestes Jogos Olímpicos.
Recorde olímpico pelos Estados Unidos nos 4×400 m masculinos
Prova muito disputada e a ser decidida nos metros finais do último percurso entre os Estados Unidos e o Botswana, entre Rai Benjamin e Letsile Tebogo. Venceram os norte-americanos em 2.54,43, novo recorde olímpico. O Botswana fez 2.54,53, novo recorde africano com a Grã-Bretanha a ser bronze em 2.55,83, recorde europeu. Em nove seleções participantes, tivemos cinco recordes nacionais e três continentais.
Estados Unidos vencem destacados nos 4×400 m femininos
Com um quarteto fortíssimo, os Estados Unidos não deram qualquer hipótese nos 4×400 m femininos, vencendo em 3.15,27, novo recorde do continente americano e a um décimo do recorde mundial da extinta URSS e que data já de 1988. Os restantes lugares do pódio foram muito disputados com uma diferença de quatro décimos entre o segundo e o quarto classificado.
Femke Bol no último percurso, deu a prata aos Países Baixos em 3.19,50 com a Grã-Bretanha a ser bronze em 3.19,72. A Irlanda acabou por ser quarta em 3.19,90. Todas estas equipas bateram os seus recordes nacionais tal como a França no quinto lugar.