As mulheres nunca estiveram tão próximas dos homens nas maratonas. Desde a vitória de Ruth Chepngetich nas ruas de Chicago no domingo, acompanhada de uma redução do recorde mundial em quase dois minutos (2h09m56s), a diferença entre os dois géneros desceu pela primeira vez abaixo dos dez minutos. Está agora em 9m21s (2h00m35s para o queniano Kelvin Kiptum). Um novo feito de uma atleta que afirma treinar sozinha, confirmando uma tendência subjacente.
A progressão acelerada do recorde feminino
Desde o primeiro recorde da maratona feminina em 1926, 18 anos depois do masculino, a diferença oscilou muito entre os dois sexos.
O primeiro recorde masculino em 1908 era de 2h55m18s e pertenceu ao norte-americano Johnny Hayes. Em 1926, pertencia ao norte-americano Albert Michelsen com 2h29m02s.
O primeiro recorde feminino de 1926 pertenceu à britânica Violet Piercy com 3h40m22s. Uma diferença de 1h11m20s.
A diferença foi diminuindo bastante, sob o impulso de uma melhoria cronométrica quase constante e mais acentuada dentro da elite feminina.
Em 1971, a norte-americana Elizabeth Bonner correu pela primeira vez a distância em menos de 3 horas, em 2h55m22s. Na mesma data, o recorde masculino era do britânico Ron Hill em 2h09m29s. Uma diferença de 45m53s.
No ano 2000, o recorde masculino pertencia ao marroquino Khalid Khannouchi com 2h05m42s. O feminino à queniana Tecla Loroupe com 2h20m43s. Uma diferença de 14m59s.
Desde 2000 até agora, os homens melhoraram 5m07s para agora. Já as mulheres melhoraram 10m47s.