A Unidade de Integridade do Atletismo (AIU) informou que o maratonista brasileiro Daniel do Nascimento foi suspenso por cinco anos por ter testado positivo duas vezes para drostanolona, metenolona e nandrolona, em testes realizados fora de competição no Rio de Janeiro no início de julho de 2024.
Os resultados já haviam sido divulgados no verão passado, quando Daniel do Nascimento, detentor do recorde sul-americano desde abril de 2022 em Seul com 2h04m51s, foi suspenso pela ABCD (a agência brasileira de controle antidoping) antes dos JO de Paris.
Mas depois, o representante do atleta escreveu à ABCD para informar que o atleta estava a passar por problemas de saúde mental e solicitou mais 30 dias para responder”, disse agora a AIU.
Mas um segundo teste realizado alguns dias depois, confirmou os resultados do primeiro teste. No início de agosto de 2024, houve um segundo pedido do representante do atleta, para obter uma nova extensão de 90 dias para o seu cliente, que prolongou o processamento do caso. A incerteza em torno da saúde mental de Daniel do Nascimento levou a vários meses de paragem do processo, até que o atleta brasileiro “participou, em 23 de abril último, numa entrevista gravada com representantes da AIU” .
A entrevista resultou na suspensão de Daniel do Nascimento por cinco anos: quatro anos por violações das regras antidoping, mais um ano imposto devido a circunstâncias agravantes no caso. A AIU lembra que esta medida é “a decisão final“ tomada em relação a este último, apesar do possível recurso do brasileiro.