A Federação Francesa de Atletismo enfrenta graves problemas financeiros, apresentando um deficit de 3,6 milhões de euros (cerca de 10% do orçamento). Tal, levou o organismo a tomar medidas legais, procurando esclarecimentos sobre as circunstâncias que levaram à saída do CEO Souad Rochdi.
Uma queixa contra uma pessoa desconhecida, por “quebra de confiança“ e “ocultação de quebra de confiança“, foi apresentada em meados de maio pela Federação Francesa de Atletismo (FFA) ao Ministério Público de Paris.
O novo presidente da FFA, Jean Gracia, confirmou a apresentação da queixa sem querer aprofundar a situação: “Cabe à justiça fazer o seu trabalho“. As relações entre o novo e o ex-presidente (desde 2016), que já haviam passado por altos e baixos no passado, estão frias. A questão mais grave diz respeito à saída do ex-diretor-geral Souad Rochdi, ex-campeão francês sub-23 dos 5.000 m, que galgou todos os escalões da federação, a ponto de se tornar, segundo alguns, “o presidente de facto“.
Dias antes da eleição de Jean Gracia, o anterior presidente André Giraud havia acordado a saída de Souad Rochdi, por um valor próximo dos 500.000 euros, embora o déficit ainda não fosse conhecido. “Estamos a descobrir esqueletos no armário quase todos os dias“, disse um membro do novo Conselho de Administração.