Terceira classificada nos JO de Paris, Melissa Jefferson-Wooden ambiciona chegar ao ouro no Mundial de Tóquio. Nesta sexta-feira passada em Bruxelas, a norte-americana venceu os 100 m em 10,76 (-0,2 m/s), seis dias após os 10,66 em Chorzow.
Foi a sua nona vitória nos 100 m neste verão, incluindo as eliminatórias e meias-finais das seletivas dos Estados Unidos, a quinta abaixo de 10,80 em condições normais. A sprinter de 24 anos deixou longe, a sua companheira de treino e atual campeã mundial Sha’Carri Richardson (2ª em 11,08), a britânica Daryll Neita (3ª em 11,15) e a jamaicana Fraser-Pryce (4ª em 11,17).
A campeã olímpica Julien Alfred não tem competido desde 19 de julho em Londres. Mas Melissa Jefferson-Wooden sabe o que quer: “Não sou a atual campeã mundial nem a atual campeã olímpica. Para mim, ainda sou uma medalhada olímpica de bronze. E é nisso que estou a tentar melhorar: transformar a minha medalha de bronze numa medalha de ouro. É isso que tem funcionado para mim até agora. Sinto que cada vez que entro na pista, a Melissa que vêm, é alguém determinada a não deixar as coisas como estão.”
Jefferson-Wooden tem progredido este ano. Segunda classificada nas seletivas olímpicas do ano passado, com um recorde pessoal de 10,80, ela dominou este ano, as seletivas dos 100 m e 200 m, tornando-se a quinta mulher mais rápida da história com um tempo de 10,65, e melhorando o seu recorde pessoal dos 200 m para 21,84.
Curioso ver o comentário da Melissa Jefferson-Wooden a tirar pressão dos seus ombros, muito à imagem da Julien Alfred, que ontem fez o mesmo numa entrevista num programa de desporto na televisão suíça, em que disse que a principal favorita é quem tem o tempo mais rápido do ano (10,65 s para Melissa vs. 10,75 s para Julien [2° tempo mais rápido do ano])