Na sessão de hoje à chuva, o grande destaque foi para Sydney McLaughlin-Levrone, nova rainha dos 400 m. O recorde mundial de Marita Koch (47,60 em 1985) vacilou, mas manteve-se por pouco. A atleta conquistou o título com a marca impressionante de 47,78, o segundo mais rápido da história e recorde dos Campeonatos.
Campeã mundial e olímpica dos 400m barreiras, Sydney McLaughlin-Levrone melhorou significativamente o seu recorde pessoal já quebrado… nas meias-finais (48,29).
A norte-americana de 26 anos derrotou a campeã olímpica dominicana Marileidy Paulino com 47,98 e a barenita Salwa Eid Naser com 48,18.
Nenhuma mulher havia ficado abaixo dos 48 segundos em 40 anos. Numa única prova, McLaughlin-Levrone e a vice-campeã, Marileidt Paulino, quebraram essa sequência.

Busang Kebinatshipi coroado nos 400 m com dois botswanos no pódio
Em masculinos, o Botswana fez história nos 400 m. Busang Kebinatshipi conquistou a medalha de ouro em 43,53, o melhor desempenho mundial no ano, e o seu compatriota Bayapo Ndori completou o pódio. Nunca antes dois atletas do Botswana tinham conquistado medalhas nesta distância.
Atrás de Busang Kebinatshipi, ficou Jereem Richards (Trinidad e Tobago) com 43,72, novo recorde nacional, enquanto Bayapo Ndori levou o bronze com 44,20.
Pela segunda vez, os Estados Unidos não conseguiram vencer uma prova que costumam dominar.
Leyanis Pérez dá a Cuba a sua primeira medalha de ouro ao vencer o triplo salto
Dezasseis anos após a vitória de Yargelis Savigne no Mundial de Berlim, Leyanis Pérez trouxe mais uma vez o ouro para Cuba no triplo salto. E podiam ter sido duas medalhas cubanas, pois a compatriota Liadagmis Povea foi quarta, a apenas quatro centímetros do pódio (14,72 m).
Leyanis Pérez venceu com 14,94 m, melhor desempenho mundial da época, destronando Yulimar Rojas, última campeã mundial e recordista mundial com 15,74 m. A venezuelana esteve mais de um ano afastada das competições com uma grave lesão no tendão de Aquiles que a impediu de estar presente nos JO de Paris. Ficou agora com o bronze depois de saltar 14,76 m.
A dominicana Thea Lafond, coroada nos JO de Paris, ficou com a prata após saltar 14,89 m na sua última tentativa.
Keshorn Walcott é coroado campeão mundial do lançamento do dardo
O trinitário Keshorn Walcott, campeão olímpico de 2012, conquistou o ouro no lançamento do dardo ao lançar 88,16 m,sua melhor marca da época.
As grandes deceções vieram do campeão olímpico de Paris, o paquistanês Arshad Nadeem, apenas décimo, assim como do campeão mundial, o indiano Neeraj Chopra em oitavo.
Keshorn Walcott, medalhado de bronze nos JO do Rio, mas sétimo em Paris, mostrou grande consistência durante toda a competição. O granadino Anderson Peters, campeão mundial de 2019 e 2022, ficou com a prata (87,38 m), e o norte-americano Curtis Thompson (86,67 m) com o bronze.
Pela primeira vez na história dos Campeonatos Mundiais, nenhum europeu subiu ao pódio nesta disciplina. O alemão Julian Weber, o melhor lançador mundial do mundo do ano (91,51 m) e vencedor da Liga Diamante, foi apenas quinto com 86,11 m.