Stephen Francis, treinador de Shericka Jackson e Kishane Thompson, mostrou-se desiludido com a organização do Campeonato Mundial de Tóquio.
A Jamaica terminou no décimo lugar, com dez medalhas. Oblique Seville conquistou a única medalha de ouro,o país teve ainda seis de prata e três de bronze.
Stephen Francis revelou que desde que chegou a Tóquio, enfrentou frustrações, desde a gestão do tempo até o acesso ao transporte.
O veterano treinador observou que achava difícil compreender por que a World Athletics tinha permitido que atletas de ponta passassem por tais dificuldades, observando que, desde o início, o órgão regulador deveria ter analisado a situação mais detalhadamente.
Stephen Francis acrescentou que o Campeonato Mundial precisa de uma melhor organização, já que os atletas estão acostumados a um sistema diferente.
“Você sabe que tem que lidar com um número extra de pessoas e tudo mais, mas este é muito, muito mau. Mas eu sei que estavam todos no mesmo hotel, e isso significa que o transporte é um pesadelo. Sabe, ontem, por exemplo, tive que esperar quase uma hora na fila do hotel tentando apanhar um autocarro para a área de aquecimento”, observou Stephen Francis numa entrevista à televisão jamaicana.
“A distância do estádio até a pista de aquecimento. Foi tão mau que os atletas não conseguiram regressar à área de aquecimento depois de correrem as meias-finais das corridas com barreiras ou os sprints curtos.
Os anfitriões japoneses tentaram organizar tudo da melhor maneira possível, dada a situação, mas não acredito que isso deveria ter sido aprovado pela World Athletics.
Quer dizer, a partir do momento em que você chegava aqui, se chegasse num voo às 7 h, tinha que esperar até as 15 h ou 16 h para sair. Não, são essas áreas da competição que não são adequadas para a principal competição do ano da World Athletics.”
Stephen Francis enfatizou que, embora os atletas tenham dado tudo de si na pista, os desafios fora dela evidenciaram falhas graves na organização.