O Brave Viriathvs Runners – Clube Desportivo foi fundado em março de 2015 e está localizado em Viseu. Celina Almeida é a presidente da Comissão de Gestão, enquanto não é eleita a nova Direção.
O Brave Viriathvs Runners – Clube Desportivo está localizado em Viseu tendo sido fundado em março de 2015.

O atletismo está na génese da criação do clube e é a sua principal atividade. Tudo começou com a reconversão da antiga linha de comboio do Dão numa Ecopista, em 2007, um momento marcante para a população local em termos de atividade física ao ar livre.
Da Ecopista aos treinos para todos
No final de 2014, com 25 pessoas presentes no primeiro treino, surgiu o grupo Viriathvs Runners Viseu, um grupo aberto a todos os amantes da corrida.

A partir dessa data, fixaram-se inicialmente treinos bissemanais, às quartas e sextas-feiras, com percurso de caminhada, corrida curta e corrida principal, com cerca de 5, 8 e 10 km, respetivamente.
Atualmente os treinos são trissemanais e a a partir de 2024, o treino das quartas-feiras passou a estar integrado no evento “Oh Viseu anda prá rua”, que resulta de uma parceria entre o Município de Viseu e algumas associações desportivas, inserido nas celebrações do Viseu Cidade Europeia do Desporto nesse mesmo ano.
350 sócios sendo 70% praticantes desportivos
O Brave Viriathvs Runners está neste momento sem direção com a anterior a cessar funções no final de 2024. O clube tem sido gerido por uma Comissão de Gestão até à eleição de uma nova Direção.

Celina Almeida, uma das sócias fundadoras do clube, é a atual presidente da Comissão de Gestão.
O clube tem atualmente cerca de 350 sócios que pagam uma quota anual de 12 euros. No total, cerca de 70% dos sócios são praticantes, ainda que alguns de forma mais ou menos ocasional. O atletismo conta com 25 atletas federados.
Tem uma sede num espaço cedido pela Associação das Obras Sociais do Município. No entanto, um dos sonhos do clube é encontrar um novo local que melhor se adeque à sua dimensão atual.
Existem dois grupos de atletas federados, um focado no Trail e outro na corrida de estrada. O clube em ainda uma equipa de Squash que foi vice-campeã nacional em dois anos consecutivos, 2023 e 2024. Tem ainda atletas que participaram em provas de Duatlo e Triatlo, assim como em BTT.

O clube assumiu durante dois anos, a organização de duas provas de Triatlo a contar para a Taça e para o Campeonato de Portugal.
“Deixa-nos obviamente bastante orgulhosos ver alguns dos alguns dos nossos atletas frequentemente classificados no pódio”
Bons resultados no Trail
Apesar de não existirem secções formalmente definidas, os responsáveis pela equipa de trail running são Paulo Nascimento e Marco Cursino. Na equipa de estrada, o responsável é Rui Pires.

Os atletas participam sobretudo em provas de estrada e trail mas também em alguns corta-matos. Muitos sócios, mesmo os não federados, participam em provas de estrada, no país e em outros lugares no estrangeiro, como as maratonas de Nova York e Paris, mas também em Madrid, Valência, Salamanca e Helsínquia.
O trail merece uma referência especial. “Deixa-nos obviamente bastante orgulhosos ver alguns dos alguns dos nossos atletas frequentemente classificados no pódio, sendo campeões e campeãs, segundos e terceiros lugares do seu escalão no campeonato nacional de trail”.
Objetivos definidos
Os objetivos do Brave Viriathvs Runners passam por manter os seus sócios e simpatizantes envolvidos na atividade desportiva, seja a caminhar ou a correr, fomentando igualmente, momentos de convívio.

Na sua vertente mais competitiva, o objetivo do clube passa por aumentar o número de atletas federados em todas as atividades. A equipa de Trail tem como objetivos participar no Campeonato Nacional de Trail e no Campeonato Regional Zona Centro de Trail.
O clube não tem treinadores com alguns atletas a terem o seu treinador privado.
Apoios do município e de privados
O clube tem-se candidatado a fundos disponibilizados pelo município através dos seus Programas de Apoio ao Desporto Municipal.

Tem contado também com o apoio de algumas empresas através de patrocínios. Atualmente, o principal patrocinador é uma empresa do ramo automóvel “Phaarmpeças”. Também da Trustvision, Mazaltur, Ergovisão, Remax e Academia Bodylab.
Ainda com a quotização dos sócios, as receitas conseguidas com a organização de provas, nomeadamente a Meia Maratona de Viseu e o Viseu Trail Running, esta, uma prova que se tornou referência regional e nacional, a contar para três distâncias do Campeonato Nacional da Modalidade de Trail Running.
Os apoios aos atletas limitam-se aos valores de equipamentos, inscrições, despesas federativas, seguros desportivos e apoio no transporte, pontualmente até em alojamento quanto tal é absolutamente necessário.
Principais dificuldades na prática da modalidade
O Brave Viriathvs Runners enumera um conjunto de dificuldades, as habituais para boa parte dos clubes populares:
– Dificuldade na contratação de treinadores e outro tipo de enquadramento técnico;
– Acesso a infraestruturas que permitam melhoria do treino, tal como ginásios, centros de fisioterapia e performance desportiva – embora tenha acesso livre, mas financeiramente controlado, à pista de atletismo do Estádio Municipal;

– O enorme custo das provas de atletismo, em particular no Trail Running;
– A enorme disfunção organizativa que ainda se verifica na relação das cúpulas federativas relativamente ao atletismo de estrada e do Trail Running, no que concerne aos calendários desportivos anuais;
– A falta de investimento, oficial e também em patrocínios, nas escolas de formação, sendo estas a base maior de recrutamento de futuros atletas potenciais campeões da modalidade.
Quando atletas do clube chegaram a uma prova em Madrid que já tinha terminado
Quanto a histórias, esta passou-se na prova de 10 km integrada na Maratona de Madrid. Alguns atletas não se aperceberam de que ela começava mais cedo do que a maratona. Quando lá chegaram, já tinha sido dado o tiro de partida, acabando eles por a fazer quando a organização já desmontava as estruturas afetas à corrida.

Quando um atleta caiu num trail noturno e saltaram-lhe as lentes
Esta passou-se num trail noturno com dois atletas do clube. Ao saírem de um estradão para entrar no trilho onde passava apenas uma pessoa, no meio viram uma lanterna virada para cima. Era um atleta que se tinha enfaixado nas silvas. Socorreram o atleta que estava bem fisicamente, só havia um senão, saltaram-lhe as lentes e ele não via nada. Com a escuridão no meio dos trilhos teve que fazer a maior parte do trail até à meta de mão dada ou no ombro com esta dupla de atletas.
Outras histórias podiam ser referidas como as muitas maratonas em que participam no estrangeiro, quando se dão conta da presenta de portugueses, ou através da língua e tantas vezes pelos símbolos patrióticos que se usam.
Ou as “buscas” e esperas por atletas que, já cansados, param ao longo do percurso, especialmente no estrangeiro, e “estacionam” no primeiro local de “abastecimento” que encontram e, por ali ficam até que alguém os vá buscar!, deixando em desespero os seus companheiros.
Ou daqueles que nos trails se perdem no caminho e se queixam que alguém se esqueceu de colocar mais umas fitas, ao longo do percurso.