A sul-africana Caster Semenya, de 34 anos, bicampeã olímpica dos 800 m , decidiu encerrar a sua batalha legal de sete anos nos tribunais suíços, contra as regras de elegibilidade de género no atletismo. No entanto, segundo o seu advogado, ela vai continuar a sua luta noutros locais.
Semenya tomou esta medida apesar da decisão do Tribunal Europeu de Direitos Humanos (CEDH) em julho passado de que a atleta não recebeu “um julgamento justo” na Suíça, onde os tribunais do país mantiveram a decisão da World Athletics de exigir que ela reduzisse o seu nível natural de testosterona para poder competir.
A atleta sul-africana processou a Suíça por sediar o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) e o Supremo Tribunal Federal Suíço. Mas ambos, rejeitaram as alegações de Semenya após a mudança dos regulamentos da World Athletics. Assim, Semenya, 34, vai continuar a lutar contra as regras de elegibilidade de género no atletismo.
A atleta produz naturalmente hormónios masculinos (hiperandrogenismo) capazes de melhorar a massa muscular e, portanto, o desempenho físico.
Ela tem competido muito pouco desde 2019 quando se recusou a submeter-se ao tratamento exigido pela World Athletics naquele ano, para reduzir seus níveis de hormónios.