Balanço da Época de 2017 (infantis)

Ano de recordes

• António Lavrenyuk e Lurdes Oliveira em especial evidência, sem esquecer Beatriz Pereira e Inês Custódio

À medida que se analisam os escalões cada vez mais jovens verifica-se que, entre os melhores de sempre, há cada vez menos nomes que vieram mais tarde a confirmar as qualidades então demonstradas. E nos infantis isso é notório, sendo raros os jovens que se notabilizaram a fazer carreira depois. Há, pois, que encarar com muitas cautelas os destaques que vamos fazendo – nos infantis como, antes, nos iniciados ou nos juvenis…

Feito este “aviso”, avançaremos (sem pódios…) para a referência aos atletas que mais se distinguiram, António Lavrenyuk e Lurdes Oliveira, e ainda Beatriz Pereira e Inês Custódio, também novas recordistas. No setor masculino, destaque para o velocista António Lavrenyuk (UC Eirense), cujos 7,60 aos 60 metros o colocam como segundo infantil de sempre, apenas suplantado pelo recordista Carlos Costa (GCA Donas), com 7,53 em 2011. Nos 150 metros, prova de implantação mais recente, obteve 18,40 e é o terceiro de sempre, embora distante dos primeiros, Rodrigo Henriques (CM Sertã), com 17,79 em 2015, e o mesmo Carlos Costa, com 17,94 em 2011.

Entre as raparigas, destaque especial para Lurdes Oliveira, igualmente da UC Eirense, que bateu o recorde nacional dos 150 m, com 19,35, bem abaixo dos 19,62 de Joana Carlos (J. Vidigalense) em 2012 e de Sofia Almeida (Adercus), em 2015. Ela tinha 21,06 como melhor em 2016. Nos 60 m progrediu de 8,45 para 7,90, tornando-se a segunda infantil a baixar dos oito segundos, depois da recordista Lígia Avelar, que obteve 7,71 em 1995. Lurdes Oliveira foi ainda a melhor no comprimento, com 5,07 (6ª de sempre) e no pentatlo, com 2822 pontos (9ª de sempre).

Registaram-se mais dois recordes nacionais de infantis, embora em provas de implantação recente. Nos 600 m, Beatriz Pereira (Luz e Vida Gondomarense) melhorou de 1.44,06 em 2016 para 1.38,15, derrubando o antigo recorde de Liliana Cabral (SC Reb. Damaia), com 1.38,36 desde 2008. Ela foi também a melhor nos 1000 m, com progressão de 3.13,31 para 2.58,12, tornando-se a terceira de sempre nesta prova tradicional do programa dos infantis.

No dardo/400 g, Inês Custódio (AD Novas Luzes), que ainda continuará infantil em 2018 (!), melhorou o já seu recorde nacional de 31,26 em 2016 para 33,30, primeiro, e 39,59, depois, cerca de 12 metros adiante da segunda do ano e quase 11 metros mais que a segunda de sempre nesta prova que as infantis realizam desde 2014. Inês Custódio foi ainda a melhor do ano no martelo/2 kg, com 45,88, prova na qual só Eva Gonçalves, NA Cucujães (48,29 em 2015), tem melhor.

Rankings femininos melhores… no top

Comparando os rankings de 2016 e 2017, verifica-se que, a nível de marcas top, houve agora 10 melhores e cinco piores no setor feminino e precisamente o inverso, no masculino (5-10). E num caso e outro equilibraram-se as 10ª marcas de cada prova: 8 melhores e 7 piores nos rapazes; 7-7 (e uma igual) nas raparigas.

* com o disco de 750 g

* prova de implantação recente (2007 ou depois)

* prova de implantação recente (2007 ou depois)

** com o disco de 750 g