Senegalês Lamine Diack, de 84 anos, é acusado de corrupção e de encobrir resultados adversos em exames antidoping de atletas russos
O ex-presidente da IAAF, Lamine Diack está detido em Paris desde 1 de Novembro de 2015, acusado de uma série de crimes. A família do senegalês está com uma campanha na internet para soltá-lo, incluindo uma petição online que está com quase cinco mil assinaturas. O principal argumento reside em já se terem passado dois anos após a detenção:
– “Nós, a família do presidente Lamine Diack, estamos lançando uma campanha para marcar a sua restrição do direito e liberdade de dois anos e, para dar mais peso e impulso a esse movimento, estamos pedindo o apoio de todos. O presidente Lamine Diack foi detido em prisão domiciliária desde 1 de Novembro de 2015 no território francês, sem despesas de saúde, compensação ou cobertura da França. A este respeito, por razões humanitárias, solicitamos o alívio do seu controle judicial”. – diz a petição.
Diack é suspeito de ter embolsado um milhão de euros em comissões para encobrir resultados adversos em exames antidoping de atletas russos. O seu filho, Papa, também está envolvido em escândalos.
A petição, no site Change.org, recebeu até agora 4.154 assinaturas. No texto, destaca-se a carreira de Lamine, que, segundo a petição, ajudou a colocar a China na IAAF e fez campanha para excluir a África do Sul nos anos 1980, na época do Apartheid.
– “A conquista desses objetivos importantes abriu o caminho para uma série de reformas pacientemente perseguidas por um homem de convicção” – diz a petição.
O senegalês Papa Massata Diack, 52 anos, filho de Lamine, é um dos pivôs do escândalo de corrupção que resultou na prisão do ex-presidente do Comité Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman.
Diack é apontado por investigações no Brasil e na França como beneficiário de subornos no valor de dois milhões de dólares, em troca do apoio do seu pai, Lamine Diack, à candidatura do Rio a sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Papa Massata Diack mora em Dacar, no Senegal, e não pode sair do país – pois entregou os seus passaportes às autoridades do seu país.