A escolha de uma seleção nacional gera habitualmente divergências. Seja ela no futebol ou noutra modalidade coletiva ou no atletismo, como foi agora o caso com a Federação Portuguesa de Atletismo. Passa-se o mesmo noutros países, mesmo aqui ao lado em Espanha, houve atletas excluídos para o Europeu de Munique que não gostaram de ficar de fora da lista.
A exclusão dos marchadores Rui Coelho e Sandra Silva da lista dos 43 atletas para Munique, tem gerado natural polémica. Para além da revolta legítima dos dois atletas, outras vozes se têm levantado. Foi o caso do nosso leitor Nuno Valente, ex-marchador federado. Eis o seu depoimento que vai para além da seleção para Munique.
Sendo eu um ex-marchador federado, e um actual atleta de pelotão emigrado, continuo a acompanhar o atletismo português (com consultas diárias desta página, e outras ligadas à modalidade) e ainda fico surpreso com as constantes reclamações vindas a público, que se têm agravado ao longo dos anos: critérios de selecção que não são respeitados ou são simplesmente ignorados, calendário de competições desajustado (exemplo: apuramento e final do campeonato nacional clubes mais de um mês aparte, com a final a realizar-se no fim de julho [quant@s atletas mantêm a forma até então???], e entre o Camp. Mundial e o Camp. Europeu), locais de campeonatos sem as melhores condições para a obtenção de marcas (válidas), entre outros.
O que se passa? Não há dirigentes e treinadores que queiram ser alternativa aos atuais? Ou os há mas não os deixam, por meios ilegítimos ou porque o sistema eleitoral funciona a seu favor? A comunicação das decisões é, ou parece-me ser, uma causa frequente dos problemas. Já seria altura de corrigirem isso, ou simplesmente não há coragem para tal? Ou é simplesmente incompetência? Ou uma boa parte disto é maledicência ou amplificação pela comunicação social de atritos/desentendimentos/críticas vulgares?
Tiago Ramos ou Rui Coelho??
Tem toda a razão, obrigado pela correção.