A lendária sprinter norte-americano Gail Devers acredita que o recorde mundial dos 100 m de 10,49 poderá ser batido em breve.
Foi em 1988 que Florence Griffith-Joyner estabeleceu aquela marca nas seletivas olímpicas dos Estados Unidos. O anterior recorde mundial pertencia a Evelyn Ashford com 10,76.
Durante as seletivas, Florence Griffith-Joyner registou então, os três tempos mais rápidos de sempre: 10,49 nos quartos de final, 10,70 nas meias-finais e 10,61 na final. Ela também estabeleceu nos JO de Seul, um novo recorde mundial dos 200 m em 21,34.
Agora, Gail Devers, três vezes medalhada de ouro olímpica e cinco vezes campeã mundial, acredita que as melhores sprinters da atualidade são capazes de bater o velho recorde de Griffith-Joyner.
Em 2021, Elaine Thompson-Herah ficou muito próximo do recorde ao correr a distância em 10,54. Shelly-Ann Fraser-Pryce é a terceira mais rápida da história com 10,60, enquanto Sha’Carri Richardson e Shericka Jackson estão empatadas com 10,65. A atual campeã olímpica, Julien Alfred, está em oitavo lugar com 10,72.
Numa entrevista à TrackAlerts TV, Devers compartilhou o seu otimismo sobre o futuro dos 100 m femininos: “Há tantas atletas que estão a correr bem. Acho que o recorde mundial pode ser batido.” Ela destacou Elaine Thompson-Herah, assim como a forma incrível de Shelly-Ann Fraser-Pryce, apesar da idade. “Elaine chegou muito perto há alguns anos nos Jogos Olímpicos, e então, ela foi para a Europa e correu bem. Nunca se pode subestimar Shelly-Ann Fraser-Pryce. Sinto muito, pode dizer o que quiser, mas ela sabe como vencer e quando vencer.”
Devers também reconheceu o ressurgimento de Sha’Carri Richardson, entre outros talentos que vêm despontando. “Sha’Carri está de volta ao seu jogo. Temos algumas atletas novas, jovens e famintas de todo o mundo. Não sei de onde vai sair o recorde mundial, mas sei que, se todas elas se juntarem e correrem bem, ele pode cair.”
Com um grupo tão competitivo, Devers continua esperançada de que o histórico recorde de Florence Griffith-Joyner possa ser finalmente batido, à medida que as atletas continuam a desafiar-se umas às outras a atingir patamares mais altos.