Os exercícios devem ser feitos regular e constantemente para se obter os seus benefícios, assim como os exames preventivos

Não existem dúvidas de que o desporto ou qualquer atividade física, quando praticados com regularidade, mostram diminuição sensível no surgimento de alguns tipos de cancro, principalmente o da próstata.

No entanto, sabe-se que determinados desportos que causam traumas crónicos na bacia (pelve masculina), como o ciclismo, seja de lazer ou desportivo, têm incidência aumentada de problemas da próstata. Os resultados de estudos sobre o aparecimento dos vários tipos de cancro revelam que as pessoas sedentárias, além do risco cardiovascular aumentado, tem maior risco o aparecimento do cancro.

O contrário também foi constatado. Os mais ativos fisicamente, principalmente os idosos que se exercitam em quantidades mínimas de 6 a 9 km por semana, foram favorecidos com uma longevidade saudável com menos casos de cancro. Essa redução do risco, foi espetacular pois chegou a uma redução entre 10 a 30%.

Em relação à periodicidade dos exames e quais devem ser feitos, continua a recomendação de se fazer a consulta urológica e dosagem do PSA anualmente, por volta dos 50 anos de idade. Quem tiver antecedentes de pai ou irmão com cancro da próstata deve fazer essa avaliação urológica a partir de 10 anos menos da idade em que surgiu a doença no familiar (se o pai teve aos 55 anos, os filhos devem fazer a partir dos 45 anos). O indicado é fazer sempre os dois exames, o clínico (toque retal) e o laboratorial. Assim a hipótese de acerto é maior que 90%.

Fazer muito desporto por longo tempo e depois parar, muda o prognóstico? Sem dúvida, o conceito científico adquirido pelos estudos médicos é bem claro. O desporto ou o exercício físico regular só é benéfico enquanto for praticado! Não existe poupança de benefícios acumulados pelo desportista ou atleta. Se foi ativo enquanto jovem, procurando um futuro com poucas ou nenhumas doenças, não pare.

Como se diz nas aulas de medicina, “o exercício não é vacina para todo o sempre”. A fisiologia ensina-nos que a duração dos efeitos positivos dos exercícios físicos na prevenção das doenças é curto, dura em média 48 a 72 horas. Por tudo isso, a atividade física regular deve ser constante, enquanto puder fazer-se.