A World Athletics pediu emprestado ao Comité Olímpico Internacional (COI) a verba de 7,5 milhões de dólares, o maior empréstimo desse tipo já divulgado desde que o COI publicou uma lista de 15 federações internacionais às quais tinha emprestado dinheiro.
Em 2020, a World Athletics conseguiu obter um pequeno lucro de 2,1 milhões de dólares, apesar dos efeitos da pandemia na modalidade. Tal deveu-se à redução de custos e principalmente, ao recebimento de 6,8 milhões de dólares da Federação Russa de Atletismo (RusAF).
Tal, equivale a cerca de 15 por cento da receita anual da entidade sediada no Mónaco.
A World Athletics explicou: “Em Março de 2020, a RusAF admitiu violar as Regras Antidopagem do Atletismo Mundial pela sua direção ser cúmplice e encobrir uma violação da regra de paradeiro do saltador Danil Lysenko.
“Como resultado, o Conselho impôs um pacote de sanções à RusAF, incluindo uma multa de 10 milhões de dólares, dos quais, 5 milhões deviam ser pagos até 1 de Julho de 2020, conforme bem como 1,31 milhão de dólares em custos.”
Antes de 2020, a World Athletics registou dois anos consecutivos de perdas substanciais, totalizando 17,4 milhões de dólares em 2019 e 27,6 milhões em 2018.
O presidente Sebastian Coe afirmou no seu relatório que o organismo “passou este ano mais forte, mais resistente, mais inovador e criativo, mais conectado e mais confiante sobre a nossa modalidade e seu futuro. E, atrevo-me a dizer, um pouco mais corajoso.”
O COI anunciou em Julho de 2020 que emprestou cerca de 63 milhões de dólares a Federações Internacionais. As verbas emprestadas serão descontadas das quantias a que cada Federação individual tiver direito pela sua participação nos JO de Tóquio.
No caso da World Athletics esperava-se que fosse cerca de 40 milhões de dólares. Se quiser ler o Relatório Anual e Contas da World Athletics na íntegra, clique aqui.