O Atlético Clube da Póvoa de Varzim emitiu um comunicado contestando a classificação final do Nacional da 2ª Divisão em masculinos disputado este fim de semana em Pombal.
O clube acabou em quarto lugar com 65 pontos, a dois pontos do campeão, a ADR Água de Pena. Entre outra razões apontadas, está a desclassificação do clube na estafeta 4×400 m, última prova do programa e que foi decisiva para a atribuição do título.
Eis o teor do comunicado emitido pela Direção do clube:
O Atlético da Póvoa vem publicamente manifestar a sua total indignação sobre a organização e atuação da Federação Portuguesa de Atletismo no Campeonato Nacional da Final de Clubes em Pista Coberta.
Perante um fim de semana que se esperava de dedicação e festa desportiva, com ambas as equipas do ACPV, masculina e feminina, prontas para representar as cores que envergavam foram “ceifadas” destes momentos devido à incompetência e total falta de respeito pelas equipas da II Divisão, pois havia horários para cumprir e não comprometer a I Divisão.
A dado momento, a competição começou a atrasar-se devido à incompetência dos juízes/FPA por má colocação dos colchões, desrespeitando o espaço regulamentar para a corrida do Salto em Altura, obrigando atletas, treinadores e clubes a “mendigar” para procederem em conformidade para que os atletas conseguissem a sua melhor performance e pudessem contribuir para o espetáculo que deveria ser esta Competição.
Posteriormente, iniciam o concurso que ninguém assiste, fazem a seriação da estafeta 4X400 sem aguardar os resultados de várias e importantes provas para melhor se poderem criar os grupos competitivos, visto esta ser a última prova e, na maioria das vezes, decisiva para a Classificação Geral e com isso, definir o Pódio Nacional.
Finalmente, juízes incompetentes, que dizem ao atleta “Agora não há tempo, vai assim!” e depois desclassificam a Estafeta, alegadamente, por usar os sapatos de Salto em Altura e que, por ironia, são, aparentemente, autorizados na listagem publicada pela IAAF e de acordo com as Regras da Competição da FPA também são regulamentares.
Como “cereja no topo do bolo”, o Atlético da Póvoa, sentindo que as irregularidades foram muitas, realizou o Protesto às 14h45, logo a seguir à publicação dos resultados (14h25, segundo o Júri Arbitral) que registaram no Protesto como entregue o Apelo às 15h, quando o protesto tem 30 minutos para ser apresentado (Júri Arbitral presta falsas Declarações)
Para averiguação do sucedido, foram solicitadas as sapatilhas ao atleta do Salto em Altura pelo Júri Arbitral e levaram-nas para medirem sem terem a presença nem do atleta, nem de pelo menos um dos representantes do clube, pois desse modo seria assim possível verificar. Todavia, de acordo com a referida tabela da IAAF as sapatilhas são autorizadas até corridas de 800m.
Para concluir, o grito maior neste vazio da inércia, da indiferença, da falta de objetividade e isenção, é ser ainda solicitado outros atletas testemunhas do sucedido na hora da estafeta, que comprovavam que o juiz disse para o atleta competir assim, mas no final os mesmos testemunhos que confirmavam a versão do nosso atleta não foram tidos em conta.
Assim, perante o exposto, o Atlético da Póvoa pretende requerer da decisão do protesto e seguir com as diligências necessárias para que, seja reposta a verdade desportiva, reconhecendo os sucessivos erros que mancharam a competição e tiraram o título de Campeão Nacional ao clube e os atiraram para o não merecido 4° lugar. Já não é só o título que está em causa, e sim, o respeito pela modalidade e todos os intervenientes que servem o Atletismo.