A Agência Mundial Antidopagem (WADA) alertou a Rússia para não interferir nos testes de doping no país e pediu na semana passada que seja preenchida uma vaga de um ano no topo do órgão nacional antidopagem.
O presidente da WADA, Witold Banka, reuniu-se na Turquia com o ministro russo do desporto, Oleg Matytsin, para discutir o futuro da ainda suspensa agência antidoping russa, a RUSADA.
“A necessidade de a RUSADA manter a sua independência é crítica. Não deve haver nenhuma tentativa do estado russo ou das autoridades desportivas de interferir em qualquer uma das suas operações”, disse Banka num comunicado.
“Associado a isso, a nomeação do próximo diretor-geral da RUSADA deve seguir um processo rigoroso para garantir que a pessoa certa seja contratada para este cargo importante e que sejam capazes de atuar de forma independente na função”.
A RUSADA não tem um diretor-geral permanente desde a demissão de Yuri Ganus em Agosto de 2020 devido a irregularidades financeiras. Ganus criticou frequentemente as autoridades desportivas russas quando esteve na RUSADA e disse que as provas contra ele terão sido falsificadas.
A WADA disse que a vaga foi levantada durante a reunião com Matytsin e continua sendo uma condição para o levantamento da suspensão de RUSADA.
“A Rússia está interessada em garantir a estabilidade do sistema antidoping global”, disse Matytsin num comunicado. “Para nós, é importante que a agência antidoping não se transforme em objeto de manipulação política, afinal atletas de todo o mundo estão sob ameaça.”