A Federação de Atletismo do Quénia anunciou hoje a morte de Agnes Tirop, de 25 anos. Ela foi encontrada morta, apunhalada no abdómen, na sua casa em Iten, um famoso centro de treino em alta altitude no oeste do Quénia. O seu marido é suspeito do assassínio. “O Quénia perdeu uma joia, uma gigante do atletismo cuja ascensão ao palco internacional foi meteórica”, disse a Federação. “Continuamos a trabalhar para elucidar as circunstâncias da sua morte” , disse o comunicado.
O presidente do país, Uhuru Kenyatta, também homenageou a atleta: “É preocupante, extremamente infeliz e triste perder uma jovem e promissora atleta que, aos 25 anos, já havia trazido a glória ao nosso país com as suas façanhas. “A morte dela é ainda mais difícil de aceitar porque Agnes, a heroína do Quénia, foi vítima de um ato criminoso covarde e egoísta”, lamentou ele num comunicado.
Um polícia citado pela BBC explicou que o marido de Tirop era “procurado e considerado suspeito, após os primeiros elementos da investigação” .
Agnes Tirop sagrou-se campeã mundial de corta-mato em 2015, com apenas 19 anos. Desde a britânica Zola Budd em 1985 com 18 anos, que não existia uma campeão mundial de corta-mato tão jovem.
Agnes Tirop também brilhou na pista. Nos 10.000 m, ela foi medalhada de bronze nos Campeonatos Mundiais de 2017 em Londres e em 2019 em Doha. Nos recentes JO de Tóquio, ela foi quarta nos 5.000 m. Há apenas um mês, estabeleceu um novo recorde mundial dos 10 km estrada.