A Nike e o seu ex-técnico Alberto Salazar chegaram a acordo com a fundista norte-americana Mary Cain que tinha posto uma ação na justiça contra eles no valor de 20 milhões de dólares.
O processo judicial acusou Salazar de abuso emocional e físico contra Mary Cain e destacou a suposta falha da Nike em fornecer uma supervisão adequada quando ela foi treinada por Salazar.
Mary Cain, que concorreu ao Projeto Oregon da Nike de 2012 a 2016, falou em 2019 de abusos dentro do programa, expondo questões culturais mais amplas na Nike, incluindo uma suposta atmosfera de “clube de rapazes.”
Salazar, que já foi famoso por treinar os medalhados olímpicos Mo farah, Galen Rupp e Matt Centrowitz, foi proibido de trabalhar pelo US SafeSport nos Estados Unidos na área do atletismo, por suposta agressão sexual e um escândalo de doping.
A Nike dissolveu o Projeto Oregon em 2019, e o nome de Salazar foi removido de um prédio no campus da empresa após a proibição.
As alegações de Mary Cain contra Salazar incluíam comportamento controlador, comentários inadequados sobre o seu corpo e práticas humilhantes, que levaram à depressão, a um distúrbio alimentar e à auto mutilação. A Nike foi implicada no processo por supostamente, não tomar medidas suficientes para proteger uma atleta patrocinada por si. Salazar negou as acusações, enfatizando o seu compromisso com o bem-estar dos atletas. Em 2021, Cain pediu uma indemnização de 20 milhões de dólares.
A Nike foi então muito criticada pela sua falta de apoio às atletas. Em 2018, a atleta olímpica norte-americana Allyson Félix criticou a marca por alegadamente, lhe ter pedido um corte salarial de 70% durante a gravidez, o que levou Felix a deixar a Nike e a juntar-se à marca feminina Athleta antes dos JO de Tóquio.
O acordo encerra uma das batalhas legais de maior destaque da Nike. Os termos do acordo não foram divulgados.