Nelson Évora partirá para a prova de triplo, uma das 16 finais do terceiro e último dia do Europeu de Glasgow, como principal favorito e, caso confirme a vitória, igualará o soviético Viktor Sanejev, campeão entre 1970 e 1972 e até agora o único a conseguir três vitórias consecutivas, embora com a vantagem de os campeonatos serem então anuais. O atleta português, perto de completar 35 anos (20 de abril), foi o melhor na qualificação (16,89) e encontrará um lote de atletas que apenas inclui um dos seus companheiros de pódio das duas anteriores edições, o alemão Max Hess, 3º em 2017 (com 17,12), classificado para a final deste ano com 16,81. O lote de adversários de Nelson Évora parece este ano mais acessível: ao longo da época, ninguém passou os 17 metros e dos três atletas que tinham melhor que ele, dois (o finlandês Simo Lipsanen, com 16,98, e o arménio Levon Aghasyan, com 16,79) ficaram fora da final. Final que se “arrisca” a ter o mais fraco pódio dos últimos 20 anos. O último título conquistado abaixo dos 17,20 m data de 1996 (16,97 m para o campeão). E apenas em duas ocasiões, desde então, o pódio fechou aquém dos 17 metros: 16,98 em 2000 e 16,91 em 2015. Nelson Évora foi campeão com 17,21 em 2015 e 17,20 em 2017 e cremos que a sua valia atual andará à volta dessa marca… que deverá chegar para o ambicionado terceiro título. A final está marcada para as 19.35 h.
De manhã, logo às 10 horas, Patrícia Mamona e Susana Costa estarão na final do triplo (8 atletas), com o objetivo de chegar ao pódio, que Mamona já conheceu em 2017 (foi 2ª com 14,32). Voltará a encontrar a grega Paraskevi Papahristou (então 3ª com 14,24) mas não a campeã em título, a alemã Kristin Gierisch (14,37), que teve que faltar à qualificação por lesão de última hora. A melhor da qualificação foi a ucraniana Olha Saladukha, com 14,40, a qual partirá como principal favorita, logo seguida de Papahristou e de Patrícia Mamona, seguidas de Susana Costa (uma agradável surpresa no seu único salto da qualificação, com um valioso recorde pessoal de 14,28) e da espanhola Ana Peleteiro, já com 14,51 esta época. Excetuando a edição de 2017 (14,24 para a terceira) e 2013 (14,26), os pódios desde 1994 foram sempre conseguidos com 14,30 ou mais.
Eis o horário das finais do último dia do Europeu:
10.00 h – triplo (F)
11.35 h – comprimento (M)
12.20 h – peso (F)
……..
18.00 h – comprimento (F)
18.05 h – vara (F)
18.10 h – 60 bar. (M)
18.25 h – 60 bar. (F)
18.57 h – 800 m (M)
19.15 h – altura (F)
19.18 h – 800 m (F)
19.35 h – triplo (M)
19.37 h – heptatlo (M)
20.01 h – 1500 m (M)
10.12 h – 1500 m (F)
20.25 h – 4×400 m (M)
20.40 h – 4×400 m (F)