O norte-americano John Carlos, expulso dos Jogos Olímpicos do México em 1968 por ter levantado o punho no pódio dos 200 m, tal como Tommie Smith, como protesto pela segregação racial, faz parte do grupo de atletas norte-americanos que exigiram ao Comité Olímpico Internacional (COI) liberdade de expressão durante os Jogos Olímpicos.
Os peticionários exigem a supressão da regra que proíbe os desportistas de manifestarem as suas opiniões políticas durante os Jogos, razão que motivou então, a expulsão de John Carlos no México.
Nascido em Harlem, o antigo sprinter agora com 75 anos, juntou o seu nome a outros atletas atuais, solicitando a abolição da regra 50 da Carta Olímpica, que proíbe os protestos de carater político e castiga os atletas com a expulsão dos Jogos.
“Os atletas não voltarão a ser reduzidos ao silêncio. Encontramo-nos numa encruzilhada. O COI e o CPI (Comité Paralímpico Internacional) não podem continuar a penalizar os desportistas que defendem as suas convicções, sobretudo quando estas convicções ilustram os objetivos do olimpismo”, afirmam os signatários do abaixo- assinado.
Os atletas norte-americanos pedem ao COI a criação de uma nova regra que permita a liberdade de expressão em questões relacionadas com os direitos da humanidade.
A iniciativa insere-se na campanha “Black Lives Matters” e nas manifestações antirracistas devidas à morte de George Floyd às mãos da polícia no passado 25 de Maio em Minneapolis.