A Associação Portuguesa de Organizadores de Provas de Atletismo (APOPA) lançou um apelo público e urgente à Federação Portuguesa de Atletismo para a abertura imediata de um canal de diálogo.
A APOPA critica a recusa reiterada da Federação em reunir com a associação para debater questões cruciais que ameaçam o crescimento sustentável da modalidade, nomeadamente a aplicação de taxas sobre atletas amadores e a uniformização de taxas de homologação.
A APOPA tem tentado reunir há vários meses com o presidente da Federação, Domingos Castr mas sem êxito.
“Não podemos permitir que o futuro do Atletismo Português seja decidido sem a colaboração de todos os agentes. A recusa em reunir connosco, condicionando o diálogo à desistência de uma ação legal que visa a proteção dos organizadores, é inaceitável e prejudicial para o crescimento sustentável da modalidade. O diálogo não pode ser uma moeda de troca,” afirmou António José Moreira, Presidente da Direção da APOPA.
Cronologia de um Diálogo Bloqueado
A crise de comunicação agravou-se após a APOPA ter enviado uma primeira solicitação a 25 de maio, que não obteve qualquer resposta. A um segundo e-mail, enviado a 30 de agosto, a Federação respondeu que a reunião só seria possível mediante a desistência da ação que a APOPA tem a decorrer nos tribunais.
Para a APOPA, a falta de comunicação e o condicionamento do diálogo são um sinal preocupante que compromete a integridade e a fluidez das competições nacionais. A Associação sublinha que as medidas em discussão (taxas sobre amadores e homologações) têm o potencial de impactar diretamente a participação e exigem uma análise completa com base no conhecimento técnico de todos os envolvidos.
A APOPA apela, por isso, à Federação para que demonstre transparência e abertura. “O Futuro do Atletismo Português exige uma discussão aberta e transparente, e nós contamos com o apoio de Atletas, Clubes, Organizadores e Amantes do Atletismo para que a nossa voz seja ouvida.”