Ex-velocista da Namíbia é suspeito de participar em possível esquema de manipulação de votos para a eleição do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016
Frankie Fredericks pediu a demissão do seu cargo na task-force que investiga o escândalo de doping da Rússia. Fredericks é suspeito de envolvimento num possível esquema de manipulação de votos para a eleição do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos do passado ano.
O ex-atleta da Namíbia, que nega as acusações e diz estar inocente, perdeu o seu vínculo com a IAAF. As denúncias partiram do jornal francês “Le Monde” na semana passada e já foram rebatidas pelo Comité Olímpico Internacional e pelo Rio 2016.
A Comissão de Ética do COI está a investigar pagamentos feitos em 2009 a uma empresa ligada a Fredericks, três dias antes da eleição do Rio como sede dos Jogos. Segundo o “Le Monde”, existe a suspeita de que Fredericks tenha recebido o dinheiro para manipular votos.
Fredericks recebeu uma transferência de quase 300 mil dólares no dia em que foram atribuídos ao Rio de Janeiro os Jogos Olímpicos de 2016.
Fredericks alega que esse depósito diz respeito a um contrato de 2007, para serviços a prestar entre 2007 e 2011, e que nada tem a ver com os Jogos Olímpicos. Mais, afirma que em 2009 não era membro votante do COI, mas apenas escrutinador da eleição.
– “Decidi demitir-me da task-force para que a integridade do seu trabalho não seja questionada por causas das alegações feitas pelo “Le Monde” contra mim. É importante que a missão da task-force seja vista como livre e justa, sem influência externa” – disse Fredericks.
Na task-force da IAAF, Fredericks vai ser substituído pelo esloveno Rozle Prezelj, presidente da Comissão de Atletas da IAAF. Dono de quatro medalhas de prata olímpicas, o ex-velocista permanece na comissão de avaliação do COI para as candidaturas de Paris e Los Angeles para sediar os Jogos de 2024. Ele também continua como membro do COI.