Asbel Kiprop, campeão olímpico dos 1.500 m nos JO de Pequim 2008 depois de o vencedor original ter sido suspenso por doping, acabou também por ser apanhado nas redes do doping após ter acusado eritropoetina (EPO) em 2017.
A sua suspensão de quatro anos deve terminar em 2 de Fevereiro do próximo ano, mas a regra da federação queniana (AK) impede atletas apanhados no doping de voltarem a representar o país em competições internacionais.
“Assim que terminar a minha suspensão e mesmo que isso signifique ir aos tribunais, vou contestar a decisão do AK no próximo ano”, disse Kiprop ao The Standard.
“Vou lutar pelos meus direitos e pelos de outros atletas que cumpriram as suas suspensões. Eles precisam de ser respeitados.”
Kiprop argumentou que deveria ser considerado “inocente” depois de cumprir a sua suspensão. Mas a federação queniana reafirmou a sua posição, acrescentando que as próximas seletivas olímpicas nacionais serão “um evento somente para atletas convidados que até agora alcançaram a marca de qualificação para os Jogos Olímpicos nas suas disciplinas”.
Quando foi suspenso, Kiprop, que alegou ter recebido um pedido de dinheiro de um oficial de controle de doping, deu seis razões possíveis para o resultado positivo do seu teste.
Tal, incluíu uma sugestão de que o EPO encontrado na sua amostra era “natural”, pois ele havia treinado em altitude. Ele alegou ainda que a medicação que estava a tomar então, podia conter vestígios do intensificador de sangue.
A Unidade de Integridade do Atletismo rejeitou as suas alegações e disse que o processo contra Kiprop foi “apresentado de forma convincente”.
Vários outros atletas quenianos estão atualmente a cumprir suspensões por doping.