Os dois assassinos do atleta ugandês Benjamin Kiplagat, especialista dos 3.000 m obstáculos, foram condenados ontem por um tribunal queniano a 35 anos de prisão.
Após um julgamento que durou nove meses, o tribunal considerou Peter Ushuru Khalumi, de 30 anos e David Ekai Lokere, de 25 anos, culpados de esfaquear e matar o atleta de 34 anos. No seu acórdão, o juiz sublinhou que existem provas contundentes que estabelecem que os dois arguidos “mataram intencionalmente” o atleta e que se tratou de um “crime premeditado” .
O corpo de Kiplagat foi descoberto em 31 de dezembro dentro do seu carro perto de Eldoret. Ele tinha um ferimento significativo no pescoço e os seus dois supostos assassinos foram presos no dia seguinte.
Nascido no Quénia e detentor de um recorde pessoal de 8.03,81 em 2010 em Lausanne, Kiplagat ficou em nono lugar nos JO de Pequim de 2008, em 11º no Mundial de Berlim em 2009, em 10º no Mundial de Daegu em 2011 e 14º nos JO de Londres em 2012, em representação do Uganda.
A sua morte surpreendeu o Quénia, país onde muitos atletas tiveram mortes violentas nos últimos anos, como a ugandesa Rebecca Cheptegei, queimada pelo seu companheiro no dia 1 de setembro, poucas semanas depois de correr a maratona dos JO de Paris. Ou o ex-maratonista Samson Kandie, assassinado no mês passado durante um ataque brutal.