“O atletismo morre por causa do doping”
A atleta britânica Jessica Judd manifestou-se no Twitter contra a resposta negativa da Agência antidopagem britânica (UKAD) em ceder as amostras de Mo Farah à Agência norte-americana antidopagem (USADA) para serem reanalisadas.
O motivo para esta possível reanálise tem a ver com o processo que levou à suspensão do treinador Alberto Salazar que dirigia o Nike Oregon Project onde esteve Mo Farah.
A diretora da UKAD disse então: “Devem dar-me provas credíveis sobre o que querem procurar. Se algum companheiro se apresenta e diz: ‘Tenho evidências que sugerem que isto (uma substância) poderá estar presente nestes atletas e isto é parte de uma investigação em curso’, serei a primeira a dizer: Aqui está”.
A fundista britânica Jessica Judd foi a mais enérgica em reagir contra a decisão da sua Agência e escreveu na sua conta do Twitter: “a quantidade de amostras que dão os atletas e eles não querem reanalizá-las, é vergonhoso! Porque querem guardar os dados em segredo? O atletismo morre por causa do doping”.
Até a agência antidopagem da Rússia, país atualmente suspenso pelos seus problemas de doping, acusa a UKAD de criar “um muro de desconfiança” sobre o atletismo do Reino Unido.
O próprio Mo Farah pronunciou-se ontem sobre esta polémica nas redes sociais: “Vi informações do meu nome relacionado com a UKAD e a WADA sobre a reanálise das amostras dos meus controlos. Para ser claro, não fui consultado sobre isto e como disse muitas vezes, estou feliz se qualquer corpo antidoping analisar qualquer das minhas amostras anteriores em qualquer momento”.