O desporto vem sendo um dos setores mais afetados pela pandemia do coronavírus. Os desportistas de elite veem as suas aspirações comprometidas e muitos vivem com grandes dificuldades económicas.
É o que se passa com o atleta britânico olímpico Daniel Bramble que teve de passar a trabalhar na Amazon como distribuidor para poder continuar a sonhar com os JO de Tóquio no próximo ano.
Bramble desabafou na sua conta de Twitter: “Estar sem fundos ou sem apoio, realmente cobrou o seu preço este ano. Mas tens que adaptar-te ou extinguir-te. Feliz de voltar a saltar de novo este inverno”.
Rapidamente, as redes sociais se inundaram de mensagens de apoio ao atleta que respondeu de imediato: “Tantas palavras e mensagens amáveis, tinha realmente que mostrar o que acontece frequentemente nos bastidores deste desporto”.
Bramble, de 30 anos, é o campeão britânico do salto em comprimento com um recorde pessoal de 8,21 metros, marca que o coloca entre os cinco melhores de sempre do Reino Unido.
“Se há um ano me tivessem dito que em ano olímpico estaria a distribuir encomendas da Amazon, dizia-te que isso era uma loucura”, disse o atleta à agência EFE.
“Voltei a Londres porque não tinha sentido estar próximo do meu centro de treinos se não podíamos treinar. Quando levávamos um mês de confinamento, decidi procurar um trabalho. Haviam aparecido algumas oportunidades mas nenhuma me atraiu de todo porque não eram coisas que quisesse fazer, como apresentar-me como voluntário para a vacina do vírus. Então, dei uma olhadela para os trabalhos de distribuidor”.
E termina: “Necessitava de um trabalho porque passava o dia a jogar Play Station e a dormir. Tinha de sair de casa e estar ativo”.