Realizou-se esta manhã em Lisboa, a conferência de imprensa para divulgação dos últimos pormenores da EDP Meia Maratona de Lisboa e das provas integradas neste sábado e domingo.
A iniciar, Carlos Moia, presidente do Maratona Clube de Portugal, lembrou as 33 anos edições da prova que soube criar as condições para ser atualmente, uma das melhores meias maratonas do mundo.
A edição deste ano esteve marcada para 10 deste mês mas teve de ser adiada uma semana devido à marcação das eleições nacionais. Tal não foi fácil, havendo que contatar todos os inscritos, boa parte deles, estrangeiros.
Mais de dez mil estrangeiros e 41% de mulheres inscritas
As inscrições esgotaram em 15 de janeiro, havendo 33 mil inscritos em todas as provas, dos quais, 16.500 na meia maratona e 11 mil nos dez quilómetros. Temos cerca de dez mil estrangeiros oriundos de mais de 120 países. Os mais representados, são a Espanha, França, Reino Unido, Itália e Alemanha. Destaque ainda para os 41% de mulheres inscritas, superando os 35% do ano passado.
Como sabemos, a Meia Maratona de Lisboa é a primeira deste ano integrada nas seis Super Halfs. A crescente internacionalização da prova já levou a uma lista de espera para 2025 de mais de 13 mil corredores, a maioria deles na meia maratona.
A nível de atletas de elite, a edição deste ano tem dez atletas masculinos com tempos abaixo dos 60 minutos e sete abaixo dos 68 minutos em femininos. Moia vincou o facto de muitos atletas de elite procurarem esta prova para baterem recordes pessoais, aproveitando o percurso muito rápido.
Como é habitual, a Meia Maratona terá transmissão em direto na RTP 1 e RTP Internacional.
Homenagem a Kelvin Kiptum
O responsável da prova lembrou ainda Kelvin Kuptum, recordista mundial da maratona recentemente falecido. Foi em Lisboa que Kiptum se estreou na distância da meia maratona. Agora e em sua homenagem, os atletas de elite vão correr com uma faixa preta.
A terminar, três atletas presentes na mesa, responderam a algumas perguntas, falando das suas expetativas para a prova.
Brigid Kosgei
A queniana Brigid Kosgei, antiga recordista mundial da maratona e atualmente, detentora do terceiro melhor tempo mundial de sempre. “Quero agradecer aos organizadores por me terem convidado de novo. Estou muito feliz por estar aqui. Queria correr esta prova porque quero testar a minha velocidade para a Maratona de Londres em abril. Vim cá para ver como é que o meu corpo responde. Sinto-me bem, estou feliz e preparei-me bem. O percurso é muito rápido e espero correr bem no domingo. Se o tempo estiver bom, vou tentar bater o meu recorde pessoal na meia maratona.”
Leonard Korir
Nascido no Quénia mas naturalizado norte-americano, Leonard Korir tem um recorde pessoal de 59m52s à meia maratona. “Ouvi coisas muito boas sobre a corrida. Ouvi dizer que é muito rápida. Houve no passado atletas que correram muito rápido aqui, como o Jacob Kiplimo. Ouvi falar bem da organização, disseram-me que é muito boa, o percurso é muito bom. Quero apenas ver se consigo fazer um tempo rápido, ver como o meu corpo reage antes de correr uma maratona no futuro“
Susana Francisco
A atleta nacional obteve na Maratona de Valência, os mínimos para os JO de Paris. “É a segunda vez que participo aqui. Estive doente, recuperei e espero bater o meu recorde pessoal. Foi frustante a paragem, nós temos objetivos. Não é fácil retomar os treinos. Espero que valha a pena no domingo, o sacrifício que tenho feito”.