Destacados atletas quenianos ajudam nos trabalhos quotidianos depois do encerramento das instalações de treino, devido à pandemia do coronavírus.
Desde o passado 13 de Março, quando se detetou o primeiro caso positivo do país, os desportistas tiveram que regressar a suas casas, suspendendo as atividades desportivas.
Face a esta nova situação e sem possibilidade de correr fora do país por ausência de provas, numerosos atletas começaram a trabalhar em quintas ou campos cultivados. É o que se passa com Beatrice Chepkoech, recordista mundial dos 3.000 m obstáculos, que está a trabalhar com o seu pai numa plantação de chá.
Em declarações ao diário queniano Daily Nation, Beatrice descreveu como está a ser a sua vida durante a quarentena: “A temporada inteira está perdida e só nos deixam fazer treinos fáceis para nos mantermos em forma. Mas como atleta, necessito de estar em boa forma para quando o vírus for controlado e regressarem as competições”.
Rodgers Kwemboi, campeão mundial dos 10.000 m em sub 20 em 2016, vive uma situação semelhante. Ele costuma treinar no Japão mas a pandemia apanhou-o no Quénia e agora trabalha num campo de milho. “Agora, estou a colocar pesticida no milho. Como atletas, dependemos da corrida e agora, estamos devastados porque perdeu-se toda a temporada”.