A World Athletics aprovou uma mudança no formato da competição para os JO de Paris 2024, passando a haver repescagens para todas as provas individuais entre os 200 e os 1.500 metros, incluindo as barreiras.
Isso significa que os atletas que não se classificarem automaticamente nas eliminatórias, terão uma segunda hipótese de se classificar para as meias-finais participando numa eliminatória de repescagem.
O formato para Paris 2024 será, portanto: primeira eliminatória, eliminatória de repescagem, meias-finais e final.
No entanto, foi apontado que os atletas que passarem pela repescagem, terão menos tempo para se preparar para as eliminatórias seguintes, relativamente aos atletas que se classificarem automaticamente.
Mas a reação à decisão da World Athletics tem sido bastante negativa Dai Greene, campeão mundial em 2011 e da Commonwealth em 2010 nos 400 m barreiras, disse:
“Como vai uma corrida extra ajudá-los a serem competitivos na meia-final? Eles terão ainda as piores pistas e terão uma eliminatóriaextra nas pernas.”
“Esta ‘repescagem’ vai colocar alguns atletas em desvantagem por terem que fazer uma corrida extra”, acrescentou Mark English, olímpico e medalhado europeu de bronze em 2014 nos 800 m. “Solução alternativa? Avance apenas o top 4 (que também promove a corrida).”
“Isso cria muito mais problemas do que resolve”, disse Gabriela DeBues-Stafford, também olímpica e recordista nacional canadiana nas distâncias entre 1500 m e 5000 m. “Se quisermos fugir de pequenas qs, isso não resolve o problema nos eventos onde os tempo de qs são os mais imprevisíveis. Eu adoraria ver o que acham os atletas, se esta abordagem é uma boa ideia.”
Será que a World Athletics vai manter a sua decisão, com base na reação de ex e atuais atletas?