O atletismo no Brasil atravessa uma grave crise com a suspensão da transferência de verbas para a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) por parte do Comité Olímpico do Brasil (COB) e do Ministério do Desporto.
Esta situação deve-se a problemas com os estatutos da CBAt, ao não cumprir exigências formais previstas nalguns artigos da chamada Lei Pelé.
Entre tais exigências, estão regras de transparência, limitação de mandato de dirigentes, garantias de representatividade de comissões de atletas e criação de conselhos fiscais, entre outras.
Há quase 50 dias que a CBAt não pode receber verbas do Governo, situação que se deve prolongar no mínimo por mais três meses, uma vez que só deve regularizar a sua situação em Fevereiro próximo.
Como o COB segue a determinação do Ministério, ele suspendeu a transferência de montantes ao órgão máximo do atletismo nacional. O COB afirmou, porém, que os atletas serão resguardados.
Para além da suspensão das verbas, a CBAt está também impedida desde 2 de Outubro de submeter novos projetos no Sistema Integrado de Gestão Desportiva e Financeira, ferramenta informatizada por meio da qual são apresentados projetos ao COB.
Mas o próprio COB está com problemas com transferências do Governo. Nesta quinta-feira, o Tribunal de Contas da União recomendou que o governo federal suspenda imediatamente as transferências ao Comité.