Em novembro, mais de 50 mil corredores irão correr a Maratona de Nova York, num percurso que inclui inúmeras travessias de pontes, incluindo, no início, a espetacular ponte Verrazzano-Narrows, que liga Staten Island ao Brooklyn. Ambas as partes superior e inferior da ponte têm sido utilizadas para a maratona desde 1988. Mas este ano, de acordo com o The New York Times, a Autoridade de Transporte Metropolitano (MTA), está a exigir à Organização da prova, os New York Road Runners (NYRR), o pagamento de 750 mil dólares pela perda de receitas enquanto a ponte estiver fechada ao trânsito.
Esta exigência provocou um impasse, com o MTA a ameaçar inicialmente a confinar os corredores no tabuleiro inferior da ponte, decidindo depois permitir a utilização do nível superior, embora condicionado a um acordo de pagamento.
A NYRR, destacando a importância da maratona como uma instituição local e um benefício económico para a cidade, apelou à intervenção da Governadora Kathy Hochul. A Organização argumenta que os benefícios do evento superam a perda de receitas na ponte, citando como prova, o aumento do número de passageiros do metro no dia da prova. A NYRR começou a pagar os custos do pessoal para fechar a ponte em 2021; no ano passado, a Organização refere ter pago 150 mil dólares.
Caso os dois grupos não cheguem a um acordo, a Organização da prova afirma que pode ter que estender a duração da corrida para permitir que todos os corredores terminem (resultando em encerramentos mais longos de estradas e pontes e mais competidores correndo de noite) ou a reduzir o número de participantes.