A Associação de Atletismo do Bahrain (BAA) foi severamente sancionado pela World Athletics devido a escândalos de doping que terão forte impacto nos seus atletas, incluindo a campeã olímpica Winfred Yavi.
Esta decisão foi tomada após uma investigação realizada pela Unidade de Integridade do Atletismo (AIU) que durou 18 meses, que descobriu graves violações relacionadas com práticas de doping dentro da BAA.
A investigação foi desencadeada por infrações de doping envolvendo dois atletas do Bahrein nos JO de Tóquio, onde ambos foram considerados culpados de transfusões de sangue homólogo.
Além disso, foi descoberto que a BAA havia contratado um treinador entre 2019 e 2021 que tinha sido irradiado da modalidade por violações anteriores das regras antidoping.
A BAA admitiu todas acusações e cooperou com a AIU durante todo o processo. Como resultado, foram aprovadas as seguintes sanções e medidas corretivas:
1. Participação restrita: o envolvimento da BAA nos JO de Paris e no Campeonato Mundial de Tóquio em 2025 é limitado a um máximo de dez atletas, uma medida que pode impactar grandes atletas como Winfred Yavi e outros.
Suspensão de 12 meses: A BAA fica proibida de participar em qualquer outro evento da World Athletics Series durante 12 meses, a partir de 1 de junho deste ano.
3. Congelamento de nacionalizações: A BAA não poderá solicitar transferências de lealdade ou recrutar atletas estrangeiros até 2027, marcando uma mudança significativa na estratégia de recrutamento do organismo federativo. Yavi, ex-queniana, é uma das muitas atletas que nasceram noutros países.
4. Investimento de 7,3 milhões de dólares: A BAA tem de investir até 7,3 milhões de dólares nos próximos quatro anos em medidas voltadas para lidar com problemas de doping e integridade. Tal inclui a implementação de um plano estratégico detalhado e roteiro operacional (SPOR), desenvolvido em coordenação com a AIU, para reformular as práticas de governança e gestão da Federação.
5. Estabelecimento de uma Organização Nacional Antidoping (NADO): O Bahrain estabelecerá uma NADO em conformidade com a WADA, totalmente financiada pelo governo até pelo menos 2026. Esta organização já está em atividade há um ano, marcando um passo significativo na gestão de riscos de doping.
6. Academia de Desenvolvimento de Talentos: A BAA criará e financiará uma academia de talentos focada em desenvolver atletas locais, sinalizando uma mudança em direção ao desenvolvimento de talentos locais em vez de depender fortemente da nacionalização de atletas estrangeiros.
7. Custos da AIU: O BAA cobrirá os custos da AIU associados à investigação e à supervisão da implementação do SPOR.