David Lima semifinalista no Mundial
- Rankings continuam a melhorar
Sem surpresa, David Lima dominou a época e voltou a melhorar o seu recorde pessoal, de 20,62 em 2016 para 20,30, ultrapassando Arnaldo Abrantes (20,48 em 2007) como segundo português de sempre (a seguir ao recordista Francis Obikwelu, com 20,01) e tornando-se, tal como nos 100 m, o atleta mais rápido nascido em Portugal. Depois, entre 21,03 (Vítor Ricardo Santos) e 21,16, aparecem nada menos de cinco atletas, tornando difícil a escolha do pódio mas contribuindo de forma decisiva para o melhor ranking de sempre. A média dos melhores foi de 21,204, menos 12 centésimos que em 2015 (registaram-se melhores médias de sempre em seis dos últimos nove anos), e a média dos 20 melhores baixou de 21,61 em 2016 para 21,54 naquele que foi o quinto ano consecutivo de progressos. O setor da velocidade continua em agradável evolução.
O PÓDIO
1º DAVID LIMA (BENFICA)
Conseguiu as cinco melhores marcas da época, com destaque para os 20,30 na Suiça, que melhoraram o recorde pessoal em 32 centésimos, e para os 20,54 na eliminatória do Mundial de Londres, classificando-se para as meias-finais, nas quais obteve 20,54 ventosos, o 13º tempo do conjunto. Positivo.
2º RAFAEL JORGE (BENFICA)
Foi o que mais progrediu de entre os primeiros, de 21,73 para 21,14. Teve ainda marcas de 21,18 e 21,22, foi ao pódio do Campeonato de Portugal (3º), foi campeão nacional sub’23 e semifinalista no Europeu de Sub’23, com o 12º tempo da meia-final (21,25).
3º RICARDO RIBEIRO (SPORTING)
Melhorou de 21,39 para 21,16, com outras marcas de 21,21 e 21,22, ambas no Europeu de Sub’23, onde foi semifinalista, com o 11º melhor tempo. Mas perdeu os três confrontos diretos com Rafael Jorge, em Salamanca (21,14-21,16), no Campeonato de Portugal (21,10-21,13 ventosos) e no Nacional Sub’23 (21,18-21,36).
E AINDA…
Fora do nosso pódio ficaram Vítor Ricardo Santos (21,03 e 21,87 nas suas duas provas), André Costa (grandes progressos de 21,42 para 21,10 em Salamanca, no início de junho, mas não voltou a competir) e William Reais, um júnior nascido em Portugal mas que cedo foi viver para a Suiça, obtendo desde este ano a dupla nacionalidade e optando pelos helvéticos para competir internacionalmente (progrediu de 21,89 para 21,15).
A REVELAÇÃO: MAURO PEREIRA (BENFICA)
Não sendo uma revelação pura, Mauro Pereira confirmou o que prometia em 2016 (21,71 como melhor), começando por bater o recorde nacional de pista coberta (21,66) e melhorando depois para 21,52, antes de se lesionar. Outro júnior em foco foi Tiago Gonçalves: 22,09 em 2016, 21,66 em 2017.
… e aqui o ranking mais aprofundado