Francisco Belo bi-recordista
- Edujose Lima já 2º de um ranking «desfalcado»
A época ficou marcada pelos grandes progressos de Francisco Belo (quase 4 metros!) que o levaram, por duas vezes, ao recorde nacional, primeiro com 61,55 em fevereiro, depois com 62,01 no Campeonato de Portugal. Foi a sensação da época. Mas o ranking nacional ressentiu-se da ausência de três dos seis atletas que há um ano haviam passado os 50 metros: o anterior recordista Jorge Grave (61,00 em 2013, 56,36 em 2016) abandonou; Tsanko Arnaudov (55,47 em 2016) dedicou-se apenas ao peso; Marco Fortes (52,00) apenas lançou uma vez (47,42). Assim, a média dos 10 primeiros desceu de 52,37 para 50,92, a pior desde 2006 (melhor: 53,02 em 2004). A dos 20 melhores ressentiu-se menos, descendo de 48,20 em 2016 (que havia sido a melhor de sempre) para 47,66 (5ª de sempre). Positivo o facto de vários jovens estarem a aparecer, a começar por Edujose Lima, já segundo do ano, e continuando nos juniores Emanuel Sousa e Rodolfo Garcia e no sub’23 Otoniel Badjana.
O PÓDIO
1º FRANCISCO BELO (BENFICA)
Época de progressos surpreendentes também no disco, conseguindo não só o recorde nacional por duas vezes mas também um excelente conjunto de marcas, cinco acima dos 60 metros (começou com 60,02 logo em fevereiro), e nada menos de 11 acima de 58 metros. Foi campeão de Portugal, 5º nas Universíadas e só desiludiu no Europeu de Seleções (11º com 50,96).
2º EDUJOSE LIMA (SPORTING)
Progrediu de 54,03 em 2016 para 55,86, sendo já o oitavo português de sempre. E mais três vezes passou os 54 metros. Foi vice-campeão de Portugal e ganhou o Nacional sub’23. Foi 17º na qualificação do Europeu sub’23.
3º FILIPE VITAL SILVA (R. SOCIEDAD – ESPANHA)
Com 55,31, ficou aquém do que lhe era habitual, nomeadamente dos 59,06 de 2014 e dos 58,55 de 2016, ano em que foi o melhor português. Fechou o pódio do Campeonato de Portugal.
A REVELAÇÃO: EMANUEL SOUSA (BENFICA)
Para além de Edujose, que já não foi propriamente revelação (em 2016 já lançara a 54,03), há três juniores em ascensão. Optámos por Emanuel Sousa (nascido São Tomé, agora com dupla nacionalidade), ainda júnior de 1º ano, que tinha 53,93 com o disco de 1,5 kg e agora melhorou de 45,48 em 2016 para 52,15 com o de 1,75 kg e se estreou com 49,21 com o de 2 kg. Foi vice-campeão nacional júnior e sub’23.
E AINDA…
Os outros dois juniores são Otoniel Badjana (de 2º ano), que progrediu de 52,39 para 55,70 com o disco de 1,75 kg e de 46,54 para 48,09 com o de 2 kg (foi campeão nacional júnior); e Rodolfo Garcia (de 1º ano), com 48,87 com o disco de 1,5 kg em 2016 e que lançou agora o disco de 2 kg a 48,47. Nota alta ainda para o veterano Luís Herédio Costa, que lançou a 47,95 aos 45 anos, passando a ser (ano a ano) recordista nacional dos 35 aos 45 anos, exceto dos 40 anos (Jorge Grave pai).
Veja aqui o ranking 2017
… e aqui o ranking mais aprofundado