Os rankings de 10000 metros continuam fraquíssimos, já que o nível geral é baixo e vários dos melhores não chegam a correr a distância. Este ano, apenas um atleta, Samuel Barata, conseguiu marca de relevo, liderando o ranking com mais de um minuto (!) de vantagem. Depois, aparecem aqueles que estiveram no Troféu Ibérico, que conta como Campeonato de Portugal. Mas o campeão nacional ficou atrás de nove espanhóis…
As médias dos 10 e 20 melhores refletem todo esse défice, embora tenham sido as melhores dos últimos anos. A do top’10 (29.38,93) é a melhor desde 2012 mas fica a mais de minuto e meio das de há 30 anos (recorde: 28.00,18 em 1988). A do top’20 (30.08,73) e á melhor desde 2003 (o que é relevante) mas a melhor (em 1988) é quase dois minutos mais baixa (28.19,66).
PÓDIO:
1º SAMUEL BARATA (BENFICA)
Tinha 28.40,19 como melhor e fez 28.53,5 em Lisboa, em fevereiro, batendo depois o recorde pessoal nos Estados Unidos, em maio, com 28.24,85. Ponto negativo: desistiu no Europeu de Berlim.
2º RICARDO DIAS (SPORTING)
Tinha 30.18,91 como melhor, desde 2009, e sagrou-se campeão de Portugal com 29.26,28 em Braga, no Troféu Ibérico.
3º NUNO LOPES (SPORTING)
Melhorou de 29.50,71 para 29.41,12 ao ser segundo no Campeonato de Portugal (e 14º no Troféu Ibérico).
E AINDA…
A registar, ainda os recordes pessoais de Miguel Marques, de 29.51,27 para 29.46,33, e de António Pedro Rocha, que completou a primeira prova em 29.46,79.
A REVELAÇÃO: não houve
As marcas registadas pelos mais jovens não justificam a atribuição deste título. Embora não haja urgência em que estes corram a distância.
Ranking da época: http://atletismo-estatistica.pt/anuais/absolutos-2018-m-2/