O triplo salto tornou-se a prova-rainha do atletismo nacional graças ao ingresso do ex-cubano Pedro Pichardo no Benfica e aos novos despiques com o agora sportinguista Nelson Évora. E um e outro têm motivos para satisfação: Pichardo obteve a melhor marca mundial e bateu o recorde nacional; Nelson Évora foi campeão da Europa e medalhado no Mundial de pista coberta. Apenas pela segunda vez nos últimos 16 anos, Nelson Évora não liderou o ranking. O nível da prova subiu bastante (graças a Pichardo mas não só): o top’10 passou de uma média de 15,78 em 2016 para 16,14 (seria de 15,85 sem Pichardo); o top’20 de 15,17 em 2016 para 15,30 (15,16 sem Pichardo).
PÓDIO:
1º PEDRO PICHARDO (BENFICA)
Conseguiu um novo recorde nacional de 17,95 (contra os anteriores 17,74 de Nelson Évora em 2007), melhor marca mundial do ano e a sua quinta de sempre (tem 18,08 e 18,06 como melhores). E fechou a época ganhando a Liga de Diamante. Em 2019, já poderá estar no Mundial (e no Europeu de Seleções) por Portugal.
2º NELSON ÉVORA (SPORTING)
Perdeu o recorde nacional (o que tem um sabor algo injusto…) mas acabou por ter uma época bem positiva, com dois êxitos… que lhe faltavam: uma medalha no Mundial de pista coberta (foi 3º com excelentes 17,40) e um título europeu de ar livre (17,10 chegaram…).
3º CARLOS VEIGA (SPORTING)
Progrediu de 16,36 (em 2015) para 16,38 e 16,48 e sagrou-se campeão de Portugal de ar livre e vice-campeão de pista coberta (atrás de Pichardo), em ambos os casos à frente de Tiago Pereira, razão para que optemos por ele para o terceiro lugar deste pódio.
E AINDA…
Tiago Pereira melhorou os 16,05 que tinha desde 2014 para 16,30 em pista coberta e 16,56 ao ar livre, sendo vice-campeão de Portugal. E houve quatro sub’23 a progredirem acima dos 15 metros: Oleksandro Lyashchenko, de 15,60 para 15,97, sendo campeão nacional sub’23 e 6º no Campeonato do Mediterrâneo sub’23; Pedro Pinheiro, de 15,50 para 15,73; Denil Baia, de 15,01 para 15,68; e Fábio Pires, de 14,35 para 15,16.
A REVELAÇÃO: FÁBIO PIRES (CIA ILHA AZUL)
Optámos pelo atleta açoriano por ser o mais jovem (era ainda júnior em 2017) e pelos 81 cm de progressão registada.
Ranking da época: http://atletismo-estatistica.pt/anuais/absolutos-2018-m-2/