Embora inferior, em termos de vencedores, ao campeonato de 2020 (não se realizou em 2021), o Nacional de Juvenis de pista coberta, este fim-de-semana realizado em Braga, teve alguns resultados de bastante valia e dois recordes dos campeonatos: André Barbosa (Leixões SC) nos 3000 m (8.39,21) bateu o recorde de Rúben Pires (UD Várzea) há dois anos por quase oito segundos; Rodrigo Alcobia (Benfica) conseguiu 4,35 na vara, mais 5 cm que Filipe Corceiro (Sporting) em 2015. Mas ambos já têm melhor: Alcobia já passou 4,40 na vara (é 5º juvenil de sempre); André Barbosa já correu os 3000 m em 8.29,39, marca que seria recorde nacional se a Federação não considerasse (erradamente quanto a nós) as marcas obtidas nos últimos meses do ano por atletas que a 1 de janeiro passam a juniores. O recorde oficial pertence a Emanuel Rolim, com 8.18,23 em dezembro de 2010. A melhor marca por atletas juvenis ao longo de toda a época pertencia a José Costa (CCR Monte), com 8.30,06 em 2008. Nestes campeonatos (e ao longo da época) Alexandre Lucas (CPT Sobral de Ceira) também se tem distinguido, nos 800 m (1.54,43 como melhor; 1.56,76 no campeonato) e 1500 m (3.59,96 e 4.12,71, respetivamente), subindo a 3º e 4º juvenil de sempre. Destaque ainda para João Pinto, com 6,99 no comprimento (4º de sempre). Há que chamar a atenção para o facto de os 300 m e as provas combinadas serem por agora mais acessíveis pois são de realização mais recente.
Enquanto nos rapazes, houve já esta época 11 atletas a subirem ao top’10 de sempre, nas raparigas, foram apenas quatro e a partir do 8º lugar. No entanto, comparando os vencedores deste ano com os de 2020 (ainda antes da pandemia), verifica-se que apenas em três das 14 provas masculinas, os vencedores fizeram agora melhor, enquanto no setor feminino, houve mais equilíbrio: 6 marcas vencedoras melhores agora contra oito superiores no campeonato de há dois anos.
Uma última referência para os atletas com dois ou mais títulos: Alexandre Lucas (800 e 1500 m), Rodrigo Alcobia (altura e vara), Beatriz Azevedo (1500 e 3000 m), Tatiana Pereira (comprimento e triplo) e a francesa Thais Beranguer (60 m barreiras e altura, para além do pentatlo que já havia conquistado em janeiro).
Coletivamente, o Benfica conquistou o 4º título masculino (em sete) e a J. Vidigalense o 3º feminino (igualmente em sete). Vitórias folgadas mas destaque para a formação de Leiria, que há muitos anos brilha nos escalões jovens e agora, além do título feminino, foi segunda no masculino. Referência muito positiva ainda para o CA Oliveira do Bairro, segundo no setor feminino e para o CPT Sobral de Ceira, 3º no masculino. Ao invés, o Sporting andou “desaparecido”, sendo apenas 4º nas raparigas e nem sequer se classificando nos rapazes.
OS (NOSSOS) PÓDIOS DO CAMPEONATO
Masculinos:
1º André Barbosa (Leixões SC)
2º Alexandre Lucas (CPT S. Ceira)
3º João Pinto (SL Benfica)
Femininos:
1ª Thais Beranguer (CF Oliv. Douro)
2ª Rita Barbosa (Esc. Movimento)
3º Tatiana Pereira (Fund. Salesianos)
PROGRESSÕES NO TOP’10 DE SEMPRE
Masculinos: | |||
1º André Barbosa | Leixões SC | 3000 m | 8.29,39* |
3º Alexandre Lucas | CPT S. Ceira | 800 m | 1.54,43 |
4º Alexandre Lucas | CPT S. Ceira | 1500 m | 3.59,96 |
4º João Pinto | SL Benfica | comp. | 6,99* |
4º Bernardo Cunha | GD Pedreira | heptatlo | 4600* |
5º Rui Serras | CA Bracara | 300 m | 36,02 |
5º Rodrigo Alcobia | SL Benfica | vara | 4,4 |
5º André Vilelas | Cortiçadas CA | heptatlo | 4587* |
6º Rafael Santos | ACDR Escapães | heptatlo | 4526* |
8º André Vilelas | Cortiçadas CA | heptatlo | 4587* |
8º Miguel Costa | Boavista FC | 300 m | 36,26 |
Femininos: | |||
8ª Rita Barbosa | Esc. Movimento | 60 m | 7,71* |
8ª Lara Costa | UD Várzea | 3000 m | 9.59,80 |
9ª Tatiana Pereira | F Salesiana | comp. | 5,72 |
10ª Lúcia Martinha | CP Alcanena | 300 m | 41,67* |
* marca obtida no Nacional de Juvenis