Usain Bolt considera que “com o tempo, com novos sapatos e novas tecnologias, os recordes” que detém desde 2009 serão batidos, embora se tenha mostrado cético de que seja o norte-americano Noah Lyles a fazê-lo.
Bolt retirou-se da alta competição em 2017 e até hoje, alguns sprinters como Noah Lyles, manifestaram-se capazes de bater os recordes mundiais dos 100 m e 200 m.
“Noah é tão louco em pensar assim como era Justin Gatlin na minha época. Para mim, é só conversa. Gatlin e eu brigávamos constantemente, mas ele surgiu numa época em que as provocações eram normais para todos. Eu nunca dei ouvidos a ninguém. Eu sabia que se estivesse preparado e pronto, ele poderia dizer o que quisesse. Nunca seria um problema”, disse Bolt numa conferência de imprensa coletiva, antes do Mundial de Tóquio.
“Acredito que, com o tempo, com novos sapatos e novas tecnologias, surgirão atletas de alto nível que se sairão bem e talvez quebrem os meus recordes. Ainda é preciso talento, além da tecnologia”, comentou o jamaicano, que viajou até Tóquio para assistir ao Mundial.
“Estou animado para assistir ao meu primeiro Campeonato Mundial como espetador e ansioso para ver a equipa jamaicana competir e vivenciar a atmosfera. Assistir aos meus compatriotas jamaicanos a correr será mais stressante para mim do que competir de facto. Fico muito nervoso ao vê-los. Quando eu estava na pista, nunca fiquei nervoso. Eles mostraram nesta época que estão indo muito bem, então espero poder entregar uma medalha de ouro a um deles”, concluiu.