O anúncio feito do cancelamento da etapa final do Grand Slam Track and Field, programada para o final de junho em Los Angeles, causou natural surpresa e evidenciou os problemas enfrentados pela modalidade.
Há já vários dias que a possibilidade de cancelar a quarta e última etapa deste novo circuito, programada para Los Angeles entre 27 e 29 de junho, vinha sendo especulada.
Foi o próprio Michael Johnson que numa videoconferência de “emergência” confirmou o cancelamento do meeting. “A decisão de encerrar a temporada inaugural do Grand Slam Track não foi tomada de ânimo leve, mas com a certeza de que alcançámos os objetivos que havíamos estabelecido para esta temporada piloto”, garantindo aos atletas que todas os prémios prometidos serão pagos. O ambiente económico foi afetado ao longo do último ano e esta decisão económica foi tomada para garantir a nossa sustentabilidade como o circuito de atletismo número 1 do mundo. Agora estamos totalmente focados em 2026.”
A cúpula da organização não avançou com os reais motivos do cancelamento, embora várias fontes tenham mencionado o aspeto financeiro, incluindo uma questão contratual com a UCLA, que deveria receber o evento. “Foi uma combinação de restrições que os levou a cancelar”, disse um dirigente. De qualquer forma, o anúncio foi um choque, pois “ninguém esperava por isto” .
A falta de espetadores (foram mencionadas médias de 250.000 espetadores nos Estados Unidos, o que é muito baixo no país) e de público nos estádios durante os eventos em Kingston, Miami e Filadélfia, conjugado com os elevados prémios monetários, pôs em causa o sucesso deste Grand Slam Track.