A cannabis vai continuar a ser uma substância proibida no desporto, assim o decidiu a Agência Mundial Antidoping (WADA).
Como é do conhecimento geral, a sprinter norte-americana Sha’Carri Richardson foi excluída dos JO de Tóquio depois de ter recebido uma suspensão de um mês por ter recorrido à cannabis.
Então, a WADA concordou em rever a proibição da cannabis após pedidos de “partes interessadas”. Mas agora, em reunião do seu Comité Executivo, decidiu manter a proibição porque o uso da droga “violou o espírito do desporto”.
No ano passado, a proibição do uso recreativo de drogas por atletas que testam positivo fora da competição foi reduzida de dois anos para um a três meses.
“A WADA está ciente da diversidade de opiniões e percepções relacionadas com esta substância em todo o mundo e até mesmo em certos países”, disse o diretor-geral Olivier Niggli.
“A WADA planeia continuar a pesquisa nesta área em relação (aos seus) potenciais efeitos de aumento de desempenho, o seu impacto na saúde dos atletas e também em relação às percepções da cannabis de atletas, especialistas e outros em redor do mundo.”
A Organização anunciou também que o analgésico tramadol deve ser adicionado à lista de substâncias proibidas para atletas em competição a partir de 2024.
“O abuso do tramadol, com os seus riscos da dependência física, vício em opiáceos e overdoses na população em geral, é preocupante e levou-a a ser uma droga controlada em muitos países”, disse a WADA em comunicado divulgado à imprensa.
O ex-guarda redes inglês Chris Kirkland disse em julho que havia pensado em sucidar-se devido ao seu vício e abuso de tramadol, depois de ter recorrido ao opioide para tratar de lesões nas costas.