O italiano Alex Schwazer, campeão olímpico dos 50 km marcha há 12 anos, deu positivo em 2012 e foi sancionado com quatro anos de suspensão. Depois, em 2016, detetaram-se-lhe níveis anómalos de testosterona mas Schwazer iniciou uma luta legal para demonstrar a manipulação da amostra. A sua sanção prolonga-se até 2024, quando terá 39 anos e o processo ainda não está fechado.
Agora, a análise feita pelo perito Giampietro Lago da amostra do segundo teste positivo, acaba de determinar que a urina não corresponde com o ADN humano.
“A concentração de ADN na urina não corresponde com a fisiologia humana e portanto, os dados confirmam uma anomalia”. Esta é a conclusão de Giampietro Lago, designado pelo juiz de instrução de Bolzano, na nova audiência dedicada ao incidente probatório no caso do segundo teste positivo antidoping de «Schazer.
Segundo o perito, as provas realizadas a um grupo de 37 desportistas que se submeteram voluntariamente às análises, ressaltam a falta de vínculo entre o super treino e o aumento dos valores de ADN. De facto, o estudo mostra uma redução em comparação com os da população comum. Seria uma das possíveis explicações dos níveis muito elevados registados na urina de Schwazer.
Alex Schwazer comentou a notícia com satisfação: “Em primeiro lugar, porque a valoração exclui um ponto, a do vínculo entre o super treino e a elevação dos valores de ADN. Sobre a possibilidade de que este aumento seja provocado pela testosterona, foi a AMA quem não quis dar dados mas há um estudo que nega que a substância possa aumentar o ADN na urina”.