A sul-africana Caster Semenya não pretende desistir da sua luta contra a decisão da World Athletics acerca do nível de testosterona que a impede de competir com as outras mulheres.
Como é do conhecimento geral, Semenya tem um nível de testosterona superior ao permitido e recusa-se a tomar medicamentos para reduzir os seus níveis. A luta ainda está em andamento,disse ela, estando o seu recurso no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.
Há dois meses, a World Athletics decidiu proibir a participação de mulheres transgénero em competições femininas de elite. Tal, significa que muitas mulheres como Semenya, Francine Niyonsaba e Christine Mboma, estão impedidas de participar em eventos mundiais. Mas, através da sua Fundação Caster Semenya, ela pretende mostrar que aquelas atletas não devem conformar-se às regras feitas por dirigentes que não conhecem a sua realidade.
“Esta é uma luta em que desejo que essas raparigas percebam o seu valor e a si mesmas como seres humanos, para que nunca permitam que ninguém as defina pela sua aparência e origem”, disse Semenya.
“Trata-se de ensiná-los a perceber quem são elas (Semenya e outras), de onde vêm e nunca permitir que alguém que esteja vestindo casaco, que nunca esteve no seu lugar, nos faça mudar a nossa identidade porque eles querem que nós mudemos”.