Caster Semenya, impedida de correr entre os 800 m e a milha devido aos elevados níveis de testosterona, falhou os mínimos dos 5.000 m para os JO de Tóquio. Agora, ela pensa em seguir a carreira de treinadora, estando já a treinar a compatriota Glenrose Xaba.
“Estou a gostar de trabalhar com ela porque é uma pessoa determinada em tudo o que faz”, disse Xaba. “Ela quer ajudar atletas talentosas como eu a ter sucesso como ela. Desde pequena, sempre quis ser como ela. Sou abençoada por ter alguém com o perfil dela, que conquistou tanto, a treinar-me”.
Xaba disse que é divertido estar perto de Semenya, mas que ela exige foco e dedicação quando estão a trabalhar. “Ela é uma pessoa muito simpática, que adora ajudar os outros e também tem senso de humor. As pessoas estão sempre a rir quando ela está por perto”.
“Mas quando chega a hora de trabalhar, ela é uma pessoa diferente, porque não espera nada além de foco e dedicação quando estamos a fazer um trabalho sério.”
“O meu foco é melhorar nas meias-maratonas para ganhar velocidade para os 42 km, porque essa é a distância que quero classificar-me para os Jogos Olímpicos. No próximo ano, pretendo classificar-me para os Jogos da Commonwealth ou para o Campeonato Mundial e o foco principal são os 10.000 m na pista e a meia maratona. A minha época tem sido boa, mas acredito que se não me lesionasse, poderia ter feito ainda melhor. Quero agradecer à minha treinadora Caster porque ela está sempre lá para me ajudar”.