O norte-americano Christian Coleman acaba de cumprir a sua suspensão de 18 meses por violações das obrigações antidoping. Ele evoca esse período, o que quer mudar e quais as suas ambições para 2022.
Campeão mundial de pista coberta em 2018 e depois ao ar livre em 2019, Christian Coleman parecia destinado a reinar por muito tempo nos 60 e 100 m. Mas depois de ter escapado por pouco em 2019 a uma primeira suspensão por violação das suas obrigações antidoping de paradeiro, o norte-americano foi sancionado em 2020, e pelos mesmos motivos, com uma suspensão de dois anos, reduzida para 18 meses pós o seu recurso. Essa suspensão, que o privou particularmente dos JO de Tóquio, terminou recentemente, em 14 de Novembro.
Coleman analisou o período da suspensão, numa entrevista produzida pela sua própria equipa e apresentada pelo ex-sprinter e consultor de TV, Ato Boldon. “Todo esse período foi sombrio e longo para mim, ir defender-me, ver o meu nome oposto ao da Federação Internacional da modalidade que pratico desde os cinco anos, dói”, explica Coleman. “O atleta, eu adoro isto, toda a minha vida gira à volta disto, então dói o meu coração ter vivido isto, houve momentos depressivos, principalmente quando eu sabia que não poderia ir aos Jogos Olímpicos. Mas eu estava cercado pelos meus, passei mais tempo com eles do que antes.”
Suspenso por ter demonstrado pouco rigor nas suas obrigações antidopagem de paradeiro, Coleman prometeu emendar-se: “Houve coisas que eu devia ter evitado, tenho de mostrar mais responsabilidade, maturidade, preencher melhor o software de localização, cumprir melhor as regras, ser mais profissional e isto a cada dia.”
A sua ausência no circuito permitiu a outros sprinters brilharem como o italiano Marcell Jacobs que se sagrou campeão olímpico. Mas o norte-americano parece estar ainda seguro das suas qualidades e capacidade de recuperação, após um longo período sem competir. “O que vi de outras pessoas em 2021 não me preocupou particularmente, concentro-me em mim mesmo e no que tenho que fazer”, diz ele. “Confiei totalmente no meu treinador (Tim Hall) e sinto-me bem fisicamente no treino. Estou otimista e ansioso para ver onde vou competir. Pretendo fazer a temporada de pista coberta no início de 2022 e, em particular, defender o meu título mundial nos 60 m. “