Depois do mau tempo em Gateshead no passado domingo que prejudicou muitas marcas, o boletim meteorológico esteve de mãos dadas com os atletas em Doha, proporcionando um bom nível de resultados.
Por exemplo, a jamaicana Shelly-Ann Fraser-Pryce que havia feito 11,51 em Gateshead, venceu agora em 10,84. Nos 200 m, o canadiano Andre de Grasse venceu em 19,88 s, depois dos 20,85 na Inglaterra.
Melhores marcas mundiais da época
Tivemos cinco melhores marcas mundiais da época. Nos 400 m, o norte-americano Michael Norman venceu em 44,27 s, à frente do colombiano Anthony Zambrano (44,57) e de outro norte-americano, Fred Kerley (44,60).
Nos 800 m, o queniano Wycliffe Kyniamal venceu em 1.43,91. Nos 1.500 m, o queniano Timothy Cheruiyot impôs-se em 3.30,48, na sua primeira prova da época.
Em femininos, a queniana Beatrice Chebet dominou os 3.000 m em 8.27,49. Já nos 3.000 m obstáculos, domínio de outra queniana, Norah Jeruto Tanui com 9.00,67.
Nas outras provas, nos 400 m barreiras, tivemos outra vitória norte-americana com Rai Benjamin em 47,38 s, à frente do brasileiro Alison dos Santos que bateu o seu recorde pessoal em 47,57 e do atleta das Ilhas Virgens, Kyron McMaster (47,82). O qatari Abderrahman Samba, que não competia desde a medalha de bronze no Mundial 2019, ficou em 4º lugar em 48,26.
Nos 800 m femininos, a atual campeã olímpica dos 1.500 m, Faith Kipyegon venceu a 12ª prova da Liga Diamante da sua carreira com 1.58,26.
No triplo salto, a venezuelana Yulimar Rojas saltou pela terceira vez acima dos 15 m, depois de Ibiza e Andujar, agora com 15,15 m.
Na vara, Katie Nageotte venceu em 4,84 m com Sandi Morris a ser segunda também em 4,84. A campeã mundial ao ar livre, Anzhelika Sidorova, saltou 4,64 m na primeira tentativa, mas falhou depois as três tentativas a 4,74 m.
No salto em altura, o líder mundial da época, Ilya Ivanyuk saltou 2,33 m na sua primeira tentativa, ficando à frente do qatari Mutaz Barshim, que limpou a fasquia até 2.30 m, antes de falhar 2.33. A barra foi elevada a 2,36 m, mas nem Ivanyuk nem Barshim conseguiram superá-la. O ucraniano Andiy Protsenko, limpou 2,27 m na sua primeira tentativa e ficou em terceiro lugar.
No disco, a nova regra do resultado do último ensaio perturbou a classificação final. Recorde-se que nos saltos e lançamentos, apenas os três melhores concorrentes têm direito a uma sexta e última tentativa que dará a classificação final. A norte-americana Valarie Allman teve o melhor desempenho da competição com 65,57 m na 4ª tentativa, mas com 58,58 m na última tentativa, deixou a cubana Yaimé Pérez ultrapassá-la com 61,35 m (63,75 m na 2ª tentativa). A croata Sandra Perkovic (63,60 m na primeira tentativa) manteve o terceiro lugar.
No peso, o sérvio Armin Sinancevic, que igualou o seu recorde nacional com 21,88 m, melhor lançamento da competição, falhou na sua 6ª tentativa e ficou em terceiro lugar, atrás do neozelandês Tomas Walsh (21, 63 m na 6ª) e do croata Filip Mihaljevic (21,57 m na 4ª).
Qual a razão de ser desta nova regra nos lançamentos e nos saltos (creio que só para os horizontais) que permite declarar vencedor o melhor resultado do último ensaio, reservado aos três melhores até ao penúltimo ensaio, originando a possibilidade (que já se tem verificado) de o atleta com melhor desempenho no concurso ser arredado da posição de vencedor? Parece-me uma coisa disparatada, andam a tentar inventar a roda…