Usain Bolt é o recordista mundial dos 100 m com 9,58 desde 2009 e nunca esteve envolvido num escândalo de doping.
Até agora, apenas oito atletas quebraram a barreira dos 9,77 s. Destes oito, cinco enfrentaram suspensões por doping. Eis os seus nomes:
1. Tyson Gay
O norte-americano Tyson Gay divide o título de segundo homem mais rápido de sempre com o jamaicano Yohan Blake, tendo corrido a distância em 9,69 no Meeting de Xangai em 20 de setembro de 2009.
Este feito notável igualou o tempo de Usain Bolt nos JO de Pequim de 2008, consolidando o lugar de Gay entre a elite dos sprinters.
No entanto, em 2013, ele foi apanhado num controlo antidoping quando acusou um esteroide anabolizante exógeno.
Ele colaborou com as autoridades, o que levou à redução da pena em um ano. Todos os seus resultados entre 15 de julho de 2012 e 7 de abril de 2013 foram anulados, incluindo a medalha de prata que ele ganhou na estafeta 4×100 m nos JO de 2012.
Tyson Gay voltou depois às pistas, competindo no Campeonato Mundial de 2015 e nos JO do Rio de Janeiro de 2016.
2. Yohan Blake
Antes do jamaicano Yohan Blake se destacar como grande sprinter mundial, ele cumpriu uma suspensão de três meses por doping em 2009 por ter acusado o estimulante 4-metil-2-hexanamina.
Na época, Blake ainda era um adolescente, sem grandes marcas. Começou a destacar-se em 2011, quando conquistou o título mundial dos 100 m em Daegu, Coreia do Sul.
Depois nos JO de Londres de 2012, Yohan Blake conquistou a medalha de prata nos 100 m e 200 m, além do ouro na estafeta 4×100 m.
Em 23 de agosto de 2012, Blake igualou os 9,69 de Tyson Gay no Meeting de Lausanne da Liga Diamante, consolidando o seu estatuto como o segundo homem mais rápido da história, apenas atrás de Bolt.
3. Justin Gatlin
A rivalidade do norte-americano Justin Gatlin com Usain Bolt foi tema frequente da imprensa mundial mas a sua carreira foi ofuscada por duas violações de doping.
A primeira foi em 2001, quando Justin Gatlin testou positivo para anfetaminas, uma substância que ele tomava desde a infância para transtorno de déficit de atenção. A sua suspensão inicial de dois anos foi reduzida após apelo, permitindo que ele continuasse a competindo no nível da NCAA (Desporto Universitário do seu país).
No entanto, os problemas de Gatlin voltaram em 2006, depois de ter conquistado o ouro olímpico nos 100 m e títulos mundiais nos 100 m e 200 m.
Um teste positivo para testosterona levou-o a uma suspensão de oito anos, posteriormente reduzida para quatro anos devido à sua colaboração com as autoridades antidoping. A sua marca de 9,77 foi posteriormente anulada.
Gatlin regressou depois às pistas em 2010 com excelentes resultados. Ele consolidou o seu lugar como um dos maiores sprinters mundiais ao melhorar o seu recorde pessoal para 9,74 no Meeting do Qatar em 2015.
4. Cristhian Coleman
O norte-americano Christian Coleman foi suspenso por 18 meses em 2020 por não ter feito um dos três testes antidoping programados para 2019.
Coleman alegou que estava a fazer compras de Natal durante a janela de teste, mas os investigadores encontraram inconsistências na sua justificação. Esta foi rejeitada, e ele foi suspenso até maio de 2022.
O recorde pessoal de Coleman de 9,76 s, estabelecido no Campeonato Mundial de 2019 em Doha, é o sexto tempo mais rápido de sempre.
Apesar da suspensão, Coleman continua sendo um dos homens mais rápidos da história e o terceiro norte- americano mais rápido de sempre.
5. Asafa Powell
O jamaicano Asafa Powell, antigo recordista mundial, enfrentou uma suspensão de seis meses em 2013 após testar positivo para oxilofrina, um estimulante encontrado num suplemento contaminado. Inicialmente, recebeu uma suspensão de 18 meses, mas Powell apelou com sucesso ao Tribunal de Arbitragem do Desport, que lhe reduziu a suspensão.
A carreira de Powell foi definida pelos seus tempos incríveis de 9,77 e 9,74, que o tornaram o recordista mundial dos 100 m entre 2005 e 2008. Ele também é o sprinter que mais vezes quebrou a barreira dos dez segundos.