A atleta francesa Ophélie Claude-Boxberger, foi apanhada em Setembro último num controlo antidoping ao acusar EPO. A atleta tem reclamado sempre a sua inocência. Agora, de acordo com uma pessoa próxima, um depoimento de Alain Flaccus, companheiro da mãe da atleta e que faz parte da sua equipa técnica, deve fazer com que a luta dela seja facilitada. Ele teria admitido que injetou a substância proibida na atleta sem a sua autorização.
Claude-Boxberger e Alain foram ouvidos sob custódia policial num depoimento de 48 horas, e foram libertados na manhã da última sexta-feira. De acordo com o relato, ele terá afirmado que aplicou uma seringa com a substância na atleta quando ela estava a dormir.
Em entrevista ao jornal francês “Est Republicain” após o depoimento, a atleta disse que estava a começar a perceber o que havia acontecido:
– “Finalmente entendi as coisas, entendi como nós encontrámos EPO no meu corpo. Os factos estão aí. Essa pessoa beneficiou de um momento de fraqueza física e psicológica. Foi premeditado, um desejo para prejudicar a minha carreira desportiva. O que ele fez foi uma prática ilegal”.
Anteriormente, Alain Flaccus já havia sido acusado de assédio sexual pela própria atleta, mas a denúncia foi retirada. Após alguns anos, ele aproximou-se da família de Claude-Boxberger.
Apesar da confissão de Alain, a francesa não está livre das investigações. Por ser uma situação extremamente rara, ainda não se sabe se ela vai conseguir livrar-se das sanções desportivas, com a Agência Francesa de Antidoping (AFLD) a continuar a procurar maiores evidências sobre o que se terá efetivamente passado.