A lista de inscrições já dera um sinal mas os resultados da fase de apuramento do Nacional de Clubes reforçou a ideia: os clubes da Madeira tiveram mais atletas do Continente que da própria ilha a competirem. Há muito que o governo regional subsidia os clubes locais e estes podem contratar atletas do Continente para reforçarem as suas equipas, os quais, desta vez, aproveitaram a possibilidade de não se terem de deslocar para competir nas pistas mais próximas dos seus locais de residência. Naturalmente que os orçamentos de Benfica e Sporting são muito superiores, contratam os principais atletas mas muitos deles acabam mesmo por se mudar para Lisboa e o efeito nestes campeonatos não foi tão nítido.
Jardim da Serra e ADR Água de Pena são os clubes com equipas mais “continentalizadas”. O Jardim da Serra teve 13 presenças masculinas e 10 femininas em provas no Continente contra apenas 5 masculinas e 8 femininas na Madeira. A ADR Água de Pena esteve em 8 provas masculinas e 12 femininas no Continente e 10 e 6 na Madeira. O GD Estreito foi exceção: competiu em apenas 8 provas masculinas e 3 femininas no Continente (10 e 15 na Madeira). Já a equipa feminina do Marítimo, que ficou na II Divisão, esteve em 10 provas no Continente e 8 na Madeira. Tudo somado (3 equipas masculinas e 4 femininas), dá 64 provas realizadas no Continente e 62 na Madeira.
Registe-se, a título de curiosidade, que, das 18 provas de cada campeonato, a equipa masculina do Sporting esteve em cinco fora de Lisboa (12 em Lisboa) e a feminina do Benfica em apenas três fora de Lisboa (15 em Lisboa). Outros clubes com vários atletas a competir longe foram o SC Braga (6 masculinos e 5 femininos), o CA Seia (5 masculinos) e o GR Eirense (5 femininos). Note-se que consideramos o número de provas e não de atletas, já que alguns “bisaram”.