O Comité Olímpico Internacional (COI) divulgou um comunicado onde são descritos os tipos de protesto que não serão permitidos aos atletas durante os Jogos Olímpicos de Tóquio.
O texto foi elaborado pela Comissão de Atletas da entidade. Estarão vedados mostrar qualquer tipo de mensagens que possam ser interpretadas como políticas, por exemplo cartazes ou pulseiras; fazer gestos de natureza não desportiva, como algum sinal com as mãos ou ajoelhar-se e recusar-se a seguir os protocolos das cerimónias.
“Há a necessidade de respeitar os outros atletas e os seus momentos de glória e não tirar a atenção disso de nenhuma forma. Com demonstrações na área de jogo, na Vila Olímpica ou durante as cerimónias oficiais, a dignidade da competição estará destruída para todos os atletas”, afirma o texto divulgado pelo COI.
O COI afirmou ainda que os atletas que quebrarem a norma, estarão sujeitos a medidas disciplinares, embora não tenha referido quais poderão ser.
A intenção do COI é evitar a repetição de protestos que aconteceram em eventos desportivos disputados recentemente. Dois atletas norte-americanos foram advertidos pelo seu Comité Olímpico por incidentes nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no ano passado. O esgrimista Rance Imboden ajoelhou-se durante a execução do hino e a lançadora do martelo Gwen Berry ergueu o punho em protesto.
Ainda no Mundial de Natação disputado em 2019, nadadores da Austrália e da Grã-Bretanha recusaram-se a subir ao pódio com o chinês Sun Yang, acusado de estar envolvido em casos de doping.